A deputada federal, Sâmia Bomfim (Psol-SP), que teve o irmão assassinado na madrugada dessa quinta-feira (5) , havia dito, em julho, que recebia e-mails com ameaças de morte contra a família, inclusive com “requintes de crueldade”.

Diego Bomfim, irmão de Sâmia, foi assassinado em um ataque de 20 segundos de duração, quando três homens saltaram de um carro e dispararam mais de 20 vezes contra ele e outros três amigos ortopedistas . O grupo de médicos estava em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

São e-mails com ofensas horrorosas dizendo que vão me matar e matar minha família com requintes de crueldade. Dá para investigar, mas depende de vontade política que nunca teve e agora tem“.

A declaração foi feita ao videocast Desculpa alguma coisa , da Universa e apresentado por Tati Bernardi, em 6 de julho. Ela disse, também, que as ameaças a atingem “num lugar que não é racional, mas tento racionalizar”.
“A gente fica com o medo, mas o medo é a arma de quem me ameaça, é o instrumento”, declarou. Na ocasião, ela também comentou que a execução de Marielle Franco, em março de 2018, mudou a forma dela viver, mesmo as duas não sendo próximas.

“Eu era vereadora em São Paulo, tinha 28 anos. Foi um recado, ninguém esperava. Eu não era amiga, não era próxima dela. A gente era colega de partido e se encontrava, mas entendi que era pelo papel que ela tinha, deu medo”, lembrou.

Depois do assassinato da vereadora, Sâmia contou que começou a pena mais na segurança, mesmo morando em um estado diferente de Marielle — Sâmia estava, à época, em São Paulo.

 

Fonte: Estado de Minas

 

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