Dois homens suspeitos de dopar e estuprar uma jovem de 22 anos foram presos preventivamente pela Polícia Civil. O caso ocorreu em junho deste ano em uma casa abandonada de Betim, na Grande BH. A mulher acordou no local com dores e sangramento na região genital e sem o aparelho celular.

De acordo com a delegada Ariadne Coelho, responsável pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), a vítima, os suspeitos, de 19 e 41 anos, e outras pessoas estavam em um bar, onde a mulher suspeita ter sido dopada. O caso foi detalhado durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (12).

“Em um certo momento, ela foi até um balcão, retornou, bebeu e, depois disso, ela se recorda de poucos flashes dos acontecimentos. Ela acordou em uma casa abandonada, onde tem uma obra, por volta das 11h do dia 20 de junho, dia seguinte, com muitas dores na genitália, região da vagina, e com sangue”, explicou.

Ainda conforme a delegada, a vítima procurou a amiga que estava com ela no bar para saber o que teria ocorrido e foi ‘orientada’ a não tomar providências uma vez que pessoal era da ‘pesada’. “Mesmo assim, ela procurou a delegacia de mulheres no dia seguinte pedindo ajuda. Ela foi encaminhada para o hospital para exame de corpo de delito, que constatou o coito forçado. Ou seja, ela tinha lesões aparentes na região genitália, além de uma secreção sanguinolenta”, disse Ariadne.

Com a ajuda de câmeras de segurança e de informações do celular da vítima, a Polícia Civil identificou os suspeitos e o local para onde ela foi levada. “Um dos suspeitos estaria trabalhando na casa como pedreiro. Esse suspeito, de 41 anos, tem passagem por três homicídios e estava em condicional”, disse a delegada.

O homem e comparsa foram presos. O suspeito de 41 anos negou o crime, mas foi reconhecido pela vítima, que lembra de flashes do crime. Entre eles, o momento em que o homem a estrangula. “O outro suspeito, de 19 anos, que tem passagem por roubo majorado e estava com monitoramento eletrônico, também teria participado além do estupro, porque estava na casa durante todo esse tempo e ajudou na subtração do celular”, detalhou. Ele ainda teria o hábito de fornecer drogas e colocar drogas em bebidas de mulheres, mas negou todos os fatos.

O caso foi concluído e encaminhado ao Ministério Público, que já ofereceu denúncia contra ambos os homens.

 

Fonte: Itatiaia

 

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