Uma pessoa morre a cada seis segundos por doenças relacionadas ao uso do tabaco, relevou ontem um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS). O documento elaborado pela agência da ONU ainda mostra que são 6 milhões de mortes anuais graças ao fumo, e esse número deve chegar a 8 milhões até 2030.

 O relatório “A Epidemia Mundial de Tabaco 2015” explica que, para desmotivar os mais de 1 bilhão de fumantes em todo o mundo, é preciso fazer o hábito de fumar prejudicar o bolso – além da saúde. Para a OMS, são poucos os governos que fazem pleno uso dos impostos sobre o tabaco, para dissuadir as pessoas de fumar ou ajudá-las a reduzir o consumo e parar.

 A OMS recomenda que pelo menos 75% do preço de um maço de cigarros deve ser de taxas, mas muitos países têm impostos extremamente baixos sobre o tabaco e alguns não impõem nenhuma taxação sobre o produto.

“Aumentar os impostos sobre os produtos do tabaco é um dos meios mais eficazes – e de melhor relação custo-benefício – para reduzir o consumo de produtos que matam e, ao mesmo tempo, gerar receitas substanciais”, disse a diretora geral da OMS, Margaret Chan, no relatório.

Brasil

 Apesar do alerta mundial, a OMS chamou a atenção para sete países que aplicam medidas antifumo “no mais alto nível”. Entre eles, está o Brasil. Apesar de o imposto do fumo no país não chegar a 75% do preço do cigarro, a agência da ONU atribui “metade da redução de 46% na prevalência do fumo entre adultos de 1989 a 2010” ao aumento dos impostos e preços do tabaco.

O Brasil também se destaca por proibir o fumo em locais públicos, alertar as consequências do cigarro em embalagens e proibir propaganda direta de produtos ligados ao fumo.

Risco de fumar

O tabaco é um dos quatro fatores de risco por trás de doenças não transmissíveis. Em 2012, essas doenças mataram 16 milhões de pessoas com menos de 70 anos.

 

 

O Tempo

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