Teste que detecta dengue em 20 minutos é produzido no Brasil

Pesquisadoras da Funed e da UFMG criaram um kit capaz de determinar o diagnóstico precoce da doença e, assim, agilizar o tratamento.

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Pesquisadoras da Funed e da UFMG criaram um kit capaz de determinar o diagnóstico precoce da doença e, assim, agilizar o tratamento.

Um teste que promete detectar a dengue em 20 minutos deve estar disponível no Brasil ainda no primeiro semestre deste ano. Ele foi criado por pesquisadoras da Fundação Ezequiel Dias (Funed) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pode ajudar a agilizar o tratamento contra a doença, uma vez que com o diagnóstico precoce, o paciente não precisa passar uma semana internado em observação.
Além disso, conforme explica a analista da Unidade de Inovação e Tecnologia do Sebrae-MG Andrea Furtado, só a falta do diagnóstico gera um prejuízo de R$ 3,5 bilhões nos sistemas de saúde do mundo todo. Muitas vezes o paciente não é diagnosticado com a dengue e fica internado por dias sem o diagnóstico correto, sendo que um exame rápido como este teste já poderia o encaminhar para o tratamento correto, diz.
O teste pode ser a solução para se reverter os índices da doença que, cada vez mais, aumentam. Como por exemplo foi constatado no último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), que registrou que no mês de janeiro de 2015 o índice de casas com focos do mosquito transmissor da dengue e da febre Chikungunya subiu de 80% para 84% em comparação com janeiro de 2014, em Belo Horizonte.
Atualmente, os laboratórios fazem o diagnóstico pelo teste ELISA, utilizando amostrar de sangue. O resultado só fica pronto, no mínimo, em três dias. Outro tipo de teste adota a técnica do PCR, que investiga a presença do vírus da dengue por meio do genoma. Neste caso, o resultado é mais rápido, mas também muito mais caro.
Além destes, há testes semelhantes ao que está sendo viabilizado no Brasil, mas como são importados, o custo também é muito mais alto, o que acaba impedindo a sua utilização em larga escala no país.
O teste
As pesquisadoras Alzira Batista Cecílio e Erna Kroon criaram o chamado Kit de Diagnóstico Rápido da Dengue, que utiliza uma nova técnica conhecida como imunocromatografia. O método consiste em uma pequena fita que, em contato com a amostra do paciente, se contaminado, reage à presença do vírus e muda de cor. ?Com a essa nova técnica, o médico poderá tomar a decisão correta sobre o tratamento, monitorando a evolução da doença para sintomas mais graves?, acredita Cecílio.
O Kit com tecnologia nacional será economicamente viável por ser produzido no Brasil e também irá atender à alta demanda do SUS, atualmente, de 60% para este tipo de produto. Desta forma, ele será repassado para as unidades particulares e também para rede pública. O teste é descartável e deve ser comercializado na forma de pacotes com 25 ou 100 testes.
O protótipo piloto do produto já está em fase de testes e inicialmente a tecnologia deve ser utilizada na Funed, que recebe anualmente cinco mil amostras de pacientes mineiros para exames laboratoriais. Outra possibilidade, é que o produto seja transferido para a rede farmacêutica do país.
?O protótipo está em fase de finalização. Iremos patenteá-lo e avaliar com o governo ou com empresas do setor privado o interesse em produzi-lo em escala. A previsão é que o produto fique pronto ainda no primeiro semestre deste ano?, diz ainda a pesquisadora.

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Sobre o autor

André Ribeiro

Designer do portal Últimas Notícias, especializado em ricas experiências de interação para a web. Tecnófilo por natureza e apaixonado por design gráfico. É graduado em Bacharelado em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Teste que detecta dengue em 20 minutos é produzido no Brasil

Pesquisadoras da Funed e da UFMG criaram um kit capaz de determinar o diagnóstico precoce da doença e, assim, agilizar o tratamento.

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Pesquisadoras da Funed e da UFMG criaram um kit capaz de determinar o diagnóstico precoce da doença e, assim, agilizar o tratamento.

 

Um teste que promete detectar a dengue em 20 minutos deve estar disponível no Brasil ainda no primeiro semestre deste ano. Ele foi criado por pesquisadoras da Fundação Ezequiel Dias (Funed) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pode ajudar a agilizar o tratamento contra a doença, uma vez que com o diagnóstico precoce, o paciente não precisa passar uma semana internado em observação.

Além disso, conforme explica a analista da Unidade de Inovação e Tecnologia do Sebrae-MG Andrea Furtado, só a falta do diagnóstico gera um prejuízo de R$ 3,5 bilhões nos sistemas de saúde do mundo todo. “Muitas vezes o paciente não é diagnosticado com a dengue e fica internado por dias sem o diagnóstico correto, sendo que um exame rápido como este teste já poderia o encaminhar para o tratamento correto”, diz.

O teste pode ser a solução para se reverter os índices da doença que, cada vez mais, aumentam. Como por exemplo foi constatado no último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), que registrou que no mês de janeiro de 2015 o índice de casas com focos do mosquito transmissor da dengue e da febre Chikungunya subiu de 80% para 84% em comparação com janeiro de 2014, em Belo Horizonte.

Atualmente, os laboratórios fazem o diagnóstico pelo teste ELISA, utilizando amostrar de sangue. O resultado só fica pronto, no mínimo, em três dias. Outro tipo de teste adota a técnica do PCR, que investiga a presença do vírus da dengue por meio do genoma. Neste caso, o resultado é mais rápido, mas também muito mais caro.

Além destes, há testes semelhantes ao que está sendo viabilizado no Brasil, mas como são importados, o custo também é muito mais alto, o que acaba impedindo a sua utilização em larga escala no país.

 

O teste

As pesquisadoras Alzira Batista Cecílio e Erna Kroon criaram o chamado Kit de Diagnóstico Rápido da Dengue, que utiliza uma nova técnica conhecida como imunocromatografia. O método consiste em uma pequena fita que, em contato com a amostra do paciente, se contaminado, reage à presença do vírus e muda de cor. “Com a essa nova técnica, o médico poderá tomar a decisão correta sobre o tratamento, monitorando a evolução da doença para sintomas mais graves”, acredita Cecílio.

O Kit com tecnologia nacional será economicamente viável por ser produzido no Brasil e também irá atender à alta demanda do SUS, atualmente, de 60% para este tipo de produto. Desta forma, ele será repassado para as unidades particulares e também para rede pública. O teste é descartável e deve ser comercializado na forma de pacotes com 25 ou 100 testes.

O protótipo piloto do produto já está em fase de testes e inicialmente a tecnologia deve ser utilizada na Funed, que recebe anualmente cinco mil amostras de pacientes mineiros para exames laboratoriais. Outra possibilidade, é que o produto seja transferido para a rede farmacêutica do país.

“O protótipo está em fase de finalização. Iremos patenteá-lo e avaliar com o governo ou com empresas do setor privado o interesse em produzi-lo em escala. A previsão é que o produto fique pronto ainda no primeiro semestre deste ano”, diz ainda a pesquisadora.

Redação do Jornal Nova Imprensa O Tempo Online

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Sobre o autor

André Ribeiro

Designer do portal Últimas Notícias, especializado em ricas experiências de interação para a web. Tecnófilo por natureza e apaixonado por design gráfico. É graduado em Bacharelado em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.