O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou em entrevista exibida no domingo (2) que acredita que os dias de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela “estão contados”. Apesar da afirmação, Trump negou que haja possibilidade de uma guerra iminente entre os dois países.

A declaração foi feita ao programa “60 Minutes”, da emissora CBS, em um momento de tensão crescente no Caribe, onde os Estados Unidos enviaram militares e navios de guerra. As forças americanas realizaram diversos ataques contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas, que resultaram em dezenas de mortes.

“Duvido. Não acredito”, respondeu Trump ao ser questionado se os Estados Unidos pretendiam entrar em guerra com a Venezuela. Em seguida, ao ser perguntado se os dias de Maduro como presidente estavam contados, completou: “Eu diria que sim. Acho que sim, sim.”

Acusações e tensões

Maduro, que é acusado de narcotráfico pelo governo americano, reagiu às declarações, afirmando que Washington usa o combate ao tráfico de drogas como pretexto para tentar “impor uma mudança de regime” em Caracas e assumir o controle do petróleo venezuelano.

Segundo autoridades venezuelanas, os ataques americanos mais de 15 ações registradas no Caribe e no Pacífico desde o início de setembro deixaram pelo menos 65 mortos, incluindo o ataque mais recente, ocorrido no sábado (1º).

Especialistas em direito internacional e segurança criticaram a postura dos Estados Unidos, apontando que as operações podem ser consideradas execuções extrajudiciais, mesmo quando os alvos são suspeitos de envolvimento com o narcotráfico. Washington, por sua vez, não apresentou provas públicas de que as embarcações atacadas transportavam drogas ou representavam ameaça direta aos EUA.

As declarações de Trump reforçam o endurecimento da política americana em relação à Venezuela, marcada por pressões econômicas, diplomáticas e militares desde o início de seu governo. Enquanto Washington defende suas ações como parte da luta contra o narcotráfico, Caracas denuncia uma estratégia de desestabilização política. O impasse mantém em alta as tensões entre os dois países, com repercussões diretas sobre a segurança e a estabilidade na região do Caribe.

Com informações do Isto É

 

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