O segundo caso de varíola dos macacos em Divinópolis foi confirmado nesta quinta-feira (15), menos de três dias após a primeira notificação positiva. A confirmação foi divulgada na plataforma de dados sobre a doença da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).

A Prefeitura disse que o paciente é um homem de 38 anos. Em nota, o Executivo também confirmou o caso do de terça-feira (12), o qual havia afirmado não ter ciência. O paciente tem 30 anos e ambos passam bem. Um é residente de Bom Despacho e está internado na cidade, onde foi contabilizado o caso.

É o quarto caso da doença confirmado na região Centro-Oeste de Minas: o primeiro caso foi confirmado em Bom Despacho e o segundo em Nova Serrana, os últimos dois em Divinópolis.

Na plataforma da SES-MG, até esta quinta-feira, constam 399 casos confirmados em Minas Gerais e 933 suspeitas em investigação.

Um caso confirmado que estava em acompanhamento hospitalar para monitoramento de outras condições clínicas graves morreu em julho. Trata-se de um homem de 41 anos, residente em Belo Horizonte e natural de Pará de Minas.

 

O que é a varíola dos macacos?

A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada.

A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:

  • Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas;
  • De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola dos macacos pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais;
  • Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
  • Da mãe para o feto através da placenta;
  • Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
  • Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

 

Vacina e medicamento liberados

A Anvisa aprovou no final de agosto a liberação para uso da vacina Jynneos/Imvanex contra a varíola dos macacos (monkeypox) e do medicamento tecovirimat para o tratamento da doença no Brasil.

Para conceder as aprovações, a agência analisou dados da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e da Agência Americana (FDA).

A dispensa temporária e excepcional se aplica somente ao Ministério da Saúde e terá validade de seis meses, desde que não seja expressamente revogada pela Anvisa.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o imunizante já está aprovado nos Estados Unidos, Canadá e União Europeia.

 

Profissional prepara dose da vacina contra a varíola dos macacos (monkeypox)  — Foto: Phil Nijhuis/ANP/AFP

Foto: Phil Nijhuis/ANP/AFP

 

Fonte: g1

 

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