Algumas pessoas não cabem em adjetivos. São maiores do que qualquer definição pronta. Walter Arantes é dessas. Um homem cuja existência fala mais alto que qualquer discurso, mais fundo que qualquer tentativa de biografia. Ele é daqueles que não se traduzem apenas em palavras; é preciso olhar suas obras, seus gestos, sua maneira discreta e firme de estar no mundo.
Em Formiga, quando se fala no Clube Centenário e, especialmente, em sua Sede Campestre, um nome ressoa com força e reverência: Walter Arantes. Não apenas por ter sido presidente daquela etapa histórica, mas por ter sido um dos grandes sonhadores — e realizadores — de uma obra que, até hoje, enche de orgulho os associados e a comunidade.

Walter Oliveira Gonzaga Foto: Divulgação
Walter foi mais que um gestor. Foi artífice. Foi alicerce humano em cada pedaço de chão que hoje recebe famílias, festas, esportes, encontros e memórias. A Sede Campestre não é apenas um espaço físico; é uma extensão do espírito coletivo de Formiga. E, dentro dessa alma, a marca de Walter está lá: discreta, mas indelével.
Talvez o que mais defina Walter Arantes seja essa rara combinação de lealdade, retidão e generosidade. Um homem bom — desses que fazem da bondade uma prática silenciosa, sem a ânsia por aplausos. Sua palavra é compromisso. Seu olhar é de quem sabe escutar com atenção e decidir com justiça.
Por tudo isso, e por muito mais que não cabe num texto, a homenagem ao presidente benemérito não é apenas justa. É necessária. Walter Arantes faz parte da história viva do Clube Centenário e, por extensão, da própria história social de nossa cidade. Mais que um nome em placas ou em atas de reuniões, ele é exemplo de entrega, de responsabilidade e de amor pela coletividade.
Os que o conhecem de perto sabem que Walter nunca foi homem de discursos longos. Prefere a ação, o resultado concreto, o trabalho que fica. Por isso mesmo, escrever sobre ele é um desafio: como traduzir em palavras um legado feito de gestos?
Mas talvez o melhor seja mesmo fazer desta singela crônica um abraço público. Um reconhecimento que atravessa décadas e agradece, de coração, por cada atitude, cada decisão, cada esforço que ajudou a transformar o Clube Centenário — e a vida de tantas pessoas.
Se hoje as novas gerações podem brincar nas piscinas, caminhar pelos campos ou simplesmente compartilhar bons momentos naquele espaço, muito se deve a esse homem que, em silêncio, foi construindo um pedaço bonito da história de Formiga.
Walter Arantes não é apenas presidente benemérito. É patrimônio afetivo. Um desses raros exemplos de que a grandeza de um homem se mede, sobretudo, pela soma de suas generosidades.
Luiz Gonzaga Fenelon Negrinho é advogado e cronista. ([email protected])

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