Após descobrir que a casa que roubou com comparsas no sábado (10) pertence a um delegado, o suspeito se arrependeu e devolveu o que havia sido levado, incluindo uma arma. O arrombamento aconteceu no bairro Anchieta. O ladrão arrependido ainda deixou um bilhete com pedido de desculpas.
“Estou devolvendo tudo que foi levado, não quero problemas. Se soubesse que era casa de polícia, não teria entrado. Me desculpa. Sou sujeito homem, por isso, estou devolvendo”, diz o bilhete escrito à mão, deixado no jardim da casa, junto com todos os objetos que haviam sido levados dias antes.
O delegado esclareceu 40 sequestros, um deles, o único que terminou com morte da vítima, da menina Miriam Brandão, que tinha apenas cinco anos, em 1992, o que faz o delegado chorar até hoje.
No dia do roubo, o delegado estava fora de Belo Horizonte, tratando de uma doença. Na casa, mora seu filho, o investigador da Delegacia de Roubo de Cargas/Depatri, João Reis Filho, o “Joãozinho”.
Na manhã dessa segunda-feira (12), tudo o que havia sido roubado, inclusive um revólver, foi encontrado no jardim da casa, junto com o bilhete do bandido arrependido.
Imediatamente após o roubo, foram iniciadas as investigações e conseguiram, no mesmo dia, identificar e prender um dos autores. Eram três, sendo que dois ainda estão foragidos.
Ao ser preso, homem confessou o crime e se mostrava bastante arrependido. “Agora vou ficar preso”, comentou no instante em que entrava no camburão, segundo contam policiais que participaram da investigação e prisão.
Fonte: Estado de Minas