Não bastasse a epidemia de dengue, o número de crianças com problemas respiratórios atendidas na rede pública em Belo Horizonte mais do que dobrou entre fevereiro e março. A disparada de casos deve durar pelo menos até julho. A informação é da Prefeitura da capital.

Em fevereiro, os postos de saúde registraram 4.484 atendimentos pediátricos devido às doenças respiratórias. Mês passado, foram 9.376, um aumento de 109%.

Também em fevereiro, as nove Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital atenderam 1.638 crianças com suspeitas de doenças respiratórias, número que saltou para 3.090 em março, um crescimento de 88%.

Na tentativa de enfrentar a disparada de enfermidades típicas desta época do ano, a prefeitura anunciou, nesta quarta-feira (10), medidas que irão custar R$ 13 milhões aos cofres públicos.
O valor será utilizado na contratação de profissionais, abertura de centros de saúde aos fins de semana, capacitação dos trabalhadores, oferta de teleconsultas e a continuidade da aplicação de vacina contra a gripe nos 152 postos.

Já foram abertos 30 leitos pediátricos na cidade, sendo 20 no Hospital Metropolitano Odilon Behrens (HOB) e 10 na Santa Casa. Nesta quarta foram disponibilizados mais 30 leitos no Hospital Universitário Ciências Médicas.

A rede terá ainda mais 12 leitos no Hospital da Baleia, 13 no HOB, e 10 no Hospital Infantil João Paulo II, totalizando 95 específicos para o atendimento de crianças com sintomas respiratórios.
“Estamos vivendo, ao mesmo tempo, três cenários na capital. O de epidemia da dengue e outras arboviroses, o de aumento de casos de doenças respiratórias e a alta demanda em todas as nossas portas de atendimento. Por isso, já iniciamos as ações de enfrentamento. Estamos fazendo reuniões rotineiras e sensibilizando essas instituições a ampliar a oferta de leitos, tanto adulto quanto infantil”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Danilo Borges Matias.

Fonte: Hoje em Dia

 

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