A maior taxa de câmbio — com alta do dólar —, que eleva a paridade de importação, e a perspectiva de safra menor sustentaram os preços do trigo na semana passada no Rio Grande do Sul e no Paraná, apontam levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Segundo o Centro de Pesquisas, vendedores seguem firmes, acompanhando o desenvolvimento das lavouras e/ou com foco na finalização do cultivo da atual temporada.

Os compradores continuam adquirindo conforme as oportunidades de mercado e buscando especialmente o produto importado. Já em São Paulo, houve uma maior retração compradora e, com isso, alguns vendedores acabaram cedendo às pedidas, ainda conforme levantamentos do Cepea.

No Paraná, o indicador Cepea/Esalq registrou a cotação de R$ 1.479,74 para a tonelada do trigo pão ou melhorador, alta diária de 0,17%. No Rio Grande do Sul, a tonelada do trigo brando foi cotada a R$ 1.327,46, com estabilidade em relação à última sexta-feira (18).

Em junho, a semeadura e a implantação das lavouras de trigo no Rio Grande do Sul foram fortemente impactadas pelo alto volume de chuva. Segundo a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), com o excesso de chuvas e a consequente umidade dos solos, a semeadura do trigo atrasou no estado.

No campo, dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informam que a semeadura atingiu 91% da área destinada ao cultivo de trigo no Brasil, em linha com intervalo equivalente de 2024 e com a média dos últimos cinco anos.

 

Fonte: Giullia Gurgel – Itatiaia

 

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