Uma adolescente de 14 anos morreu no último sábado (20), na cidade de Durango, no México, em decorrência de complicações causadas por uma cirurgia de implante de silicone realizada pelo atual namorado da mãe, que é cirurgião plástico. O procedimento foi feito sem o conhecimento ou autorização do pai, que só soube da intervenção após a morte da filha.
A jovem, identificada como Paloma Nicole Arellano, havia sido submetida ao procedimento estético no início de setembro e morreu oito dias após a cirurgia. O pai, Carlos Arellano, denunciou que o atestado de óbito apontava falsamente “doença” como causa da morte, o que ele considera uma tentativa de encobrir negligência médica.
Segundo informações do jornal El Universal, a promotora da Fiscalía Geral do Estado de Durango (equivalente ao Ministério Público), Sonia Yadira de la Garza, afirmou que, inicialmente, ambos os pais assinaram o certificado de óbito, mas Carlos Arellano só realizou a denúncia no dia seguinte, ao descobrir que a filha havia passado por um implante mamário feito pelo companheiro da mãe.
A promotoria local informou que a mãe da adolescente, cuja identidade não foi divulgada, pode ser responsabilizada por omissão de cuidados, enquanto o cirurgião, identificado apenas pelas iniciais V.M.R.G., pode responder por homicídio culposo (quando não há intenção de matar).
As investigações continuam para esclarecer as circunstâncias da morte e apurar as responsabilidades. Em declaração pública, Carlos Arellano exigiu justiça:
“Exijo que todos os responsáveis sejam investigados: o médico, a mãe, o hospital, seus administradores e todos os que participaram desse encobrimento”, publicou em suas redes sociais.
O caso ganhou repercussão nacional e foi comentado pela presidente do México, Claudia Sheinbaum Pardo, durante coletiva de imprensa realizada na última quarta-feira (23). Ela prestou solidariedade à família e afirmou que “com prazer”, buscaria contato com os familiares para oferecer apoio.
A tragédia levanta debates sobre a responsabilidade médica, o consentimento em procedimentos cirúrgicos com menores de idade e a fiscalização de cirurgias estéticas no país.
Com informações do O TEMPO