O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia nesta terça-feira (21) uma viagem à Ásia, com destaque para sua participação na cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) e a possibilidade de um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A agenda de Lula na região inclui compromissos na Indonésia e na Malásia, com uma agenda cheia de reuniões bilaterais e eventos importantes, além da expectativa de um possível “cara a cara” com o líder americano.
Visita de Estado à Indonésia e cúpula da Asean
Lula começa sua agenda oficial na Ásia com uma visita de Estado à Indonésia. Ele chega a Jacarta na tarde de quarta-feira (22), onde será recebido em cerimônia oficial no palácio presidencial. Durante a quinta-feira (23), o presidente brasileiro terá reuniões com o presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, incluindo uma reunião privada e uma reunião ampliada entre as delegações dos dois países. A visita também inclui a assinatura de atos bilaterais e uma declaração à imprensa.
Além disso, Lula se encontrará com empresários brasileiros que acompanham a viagem. Na sexta-feira (24), o presidente se reúne com o secretário-geral da Asean, Kao Kim Hourn, antes de seguir para a Malásia, onde participará da cúpula da Asean.
Encontro com Trump em meio à cúpula
A agenda de Lula na Malásia, que começa no sábado (25), inclui compromissos importantes, como reuniões com o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, e a assinatura de atos bilaterais. Durante a tarde, Lula será agraciado com o título de doutor honoris causa pela Universidade Nacional da Malásia.
No domingo (26), o presidente brasileiro participará da cúpula da Asean, onde se espera que defenda a parceria econômica entre o bloco asiático e o Brasil, especialmente no contexto do Brics. Este evento, porém, será marcado por uma expectativa extra: a possibilidade de uma reunião entre Lula e Donald Trump. Ambos estarão presentes na Malásia para a cúpula, e a agenda de Lula no domingo está livre para um eventual encontro com o presidente dos Estados Unidos.
Embora a possibilidade de um encontro esteja no radar, fontes do Palácio do Planalto indicam que não há confirmação oficial do “cara a cara”. No entanto, a aproximação entre os dois líderes desde o breve encontro na Assembleia Geral da ONU, em setembro, e a conversa telefônica em 6 de outubro aumentam as chances de uma reunião. A expectativa, no entanto, é de que o encontro tenha um caráter simbólico, sem grandes avanços nas negociações sobre as tarifas impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros desde agosto.
Expectativas para o encontro e próximos passos
Embora o governo brasileiro não espere que um possível encontro com Trump resolva as questões econômicas em disputa, especialmente no que diz respeito ao aumento das tarifas de importação dos EUA, o evento pode servir para “selar a paz” entre os dois líderes, em um momento de reconciliação diplomática.
Lula deve retornar ao Brasil na terça-feira (28), após cumprir toda a agenda no sudeste asiático. Com a liderança do Brasil no Brics em 2025, o presidente também busca fortalecer a parceria com países da região, com foco em ampliar a cooperação econômica e política.
A viagem de Lula à Ásia é mais um passo para reforçar a presença do Brasil no cenário internacional e consolidar sua posição dentro do grupo de nações emergentes, ao mesmo tempo em que busca estreitar laços com potências mundiais como os Estados Unidos.
Com informações do Portal R7