Os Estados Unidos identificaram instalações militares na Venezuela que seriam usadas para o narcotráfico e, segundo os jornais Miami Herald e Wall Street Journal, podem atacá-las a qualquer momento. As publicações citam fontes anônimas e afirmam que as ofensivas poderiam ocorrer por via aérea, em questão de dias ou até horas, com o objetivo de desmantelar o cartel de drogas soles.
Acusações contra o governo Maduro
De acordo com o presidente norte-americano Donald Trump, o cartel seria chefiado pelo presidente venezuelano Nicolás Maduro. O Miami Herald informou que as autoridades dos EUA acreditam que o grupo exporta cerca de 500 toneladas de cocaína por ano para a Europa e os Estados Unidos.
Ainda segundo o jornal, não há confirmação se Maduro seria um dos alvos diretos das operações, mas uma das fontes afirmou que o “tempo dele está se esgotando”. “Maduro está prestes a se ver encurralado e poderá descobrir em breve que não pode fugir do país, mesmo que quisesse”, declarou a fonte.
O Wall Street Journal acrescentou que portos e aeroportos controlados por militares venezuelanos estariam entre os principais alvos dos EUA, por supostamente servirem como rotas do tráfico internacional de drogas.
Reação e movimentações recentes
Nas últimas semanas, Washington endureceu as medidas contra a Venezuela e autorizou a CIA (Agência Central de Inteligência) a realizar ações no país. Em resposta, o governo venezuelano acusou a agência norte-americana de orquestrar um plano para atacar um barco venezuelano com o intuito de culpar Maduro.
Os Estados Unidos também firmaram parceria com Trindade e Tobago para a realização de exercícios militares próximos à costa venezuelana. Além disso, o governo norte-americano conduziu 14 ataques contra embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico no Caribe e no Pacífico, resultando na morte de mais de 62 pessoas.
No entanto, famílias das vítimas afirmam que os mortos eram apenas pescadores, e não traficantes, o que gera controvérsia sobre as ações norte-americanas na região.
Com a escalada das tensões entre Washington e Caracas, a possibilidade de ataques militares iminentes coloca a América do Sul em alerta. Enquanto os Estados Unidos justificam suas operações como parte do combate ao narcotráfico, o governo de Nicolás Maduro denuncia uma tentativa de desestabilização política e ingerência estrangeira. O cenário segue incerto, e observadores internacionais temem que o conflito diplomático possa evoluir para um confronto direto entre os dois países.
Com informações Itatiaia










