A Anvisa aprovou a vacina da Pfizer contra a Covid para uma nova faixa etária: crianças de seis meses a quatro anos.

Com um ano e três meses, Raul já pegou Covid duas vezes. A mãe, Juliana Mandai, não vê a hora de poder vacinar o filho contra a doença.

“Todo esse cuidado com essa faixa etária é muito importante. Então, a gente quer mesmo que chegue o mais breve possível”, diz.

O pedido para incluir crianças de seis meses a quatro anos foi feito pelo laboratório em julho. A autorização veio depois da análise técnica de dados e estudo clínicos que indicaram que o imunizante é seguro para esse público.

A vacina para o novo grupo tem dosagem e composição diferentes das demais faixas. Ela é menos concentrada que a dose dos adultos. A imunização completa com a vacina da Pfizer prevê três doses: o intervalo entre a primeira e a segunda aplicação é de três semanas; e da segunda para a terceira o tempo de espera é de pelo menos oito semanas. Para diferenciar, a cor da tampa do frasco também muda. Agora a cor é vinho.

A decisão da Anvisa amplia o público infantil que terá a chance de tomar a vacina. Até agora só crianças a partir de três anos podiam ser vacinadas no Brasil, mas a procura está muito baixa. Dados do consórcio de veículos de imprensa apontam que de cada dez crianças de três a 11 anos, menos de quatro tomaram as duas doses.

O presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatra, Renato kfouri, ressalta que a Covid também é um risco para a saúde dos pequenos.

“A Covid é uma doença que impacta, sim, na população pediátrica. Este ano, por exemplo, tivemos quase 12 mil hospitalizações no país, só em 2022, de crianças menores de cinco anos de idade por Covid. Destas, infelizmente, 430 vieram a falecer. É urgente a necessidade de iniciarmos a vacinação de crianças menores de cinco anos”, diz.

A mesma urgência sentida pelo pai de Raul: “Assim que puder a gente vai estar lá na fila para vacinar logo e ficar mais tranquilo. A gente tem que fazer a nossa parte, evitar que a transmissão continue acontecendo”, afirma Julio Mandai.

O Ministério da Saúde, a quem cabe comprar as doses e distribuir aos estados, ainda não anunciou a compra nem o calendário de vacinação para essa faixa etária.

Fonte: G1

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