O Sindicato dos Bancários de São Paulo anunciou, na tarde desta quarta-feira (17), que reforçará as ações judiciais contra o banco Itaú, após a instituição se recusar a reverter as demissões em massa realizadas na última semana. A decisão foi tomada após um manifesto realizado por trabalhadores desligados, ocorrido na manhã do mesmo dia.
De acordo com estimativas do sindicato, mais de mil colaboradores foram atingidos pelos cortes. Durante a quarta-feira, representantes do movimento sindical se reuniram com a direção do Itaú e solicitaram a suspensão imediata das demissões, mas não obtiveram sucesso.
A presidente do sindicato, Neiva Ribeiro, afirmou que o banco justificou os desligamentos com base em um monitoramento de produtividade que vinha sendo feito há mais de seis meses. “O banco alegou que os empregados demitidos estavam sob monitoramento há mais de seis meses, sendo detectada baixa produtividade”, relatou.
Contudo, segundo relatos de trabalhadores durante uma plenária, muitos dos demitidos haviam recebido premiações recentemente e foram dispensados sem qualquer advertência prévia. Também não houve diálogo com o sindicato, o que, segundo a entidade, configura “claro desrespeito aos bancários e à relação com o movimento sindical”.
Diante do impasse, o sindicato informou que, além de intensificar as medidas judiciais, pretende ampliar a mobilização contra o banco. Estão previstas novas manifestações nos próximos dias, em protesto contra o que a entidade classifica como uma postura arbitrária do Itaú frente aos trabalhadores e ao movimento sindical.
Com informações do O Tempo