A procura de testes de Covid-19 caiu durante o início do mês de fevereiro na capital mineira, mas a demanda para os exames de dengue aumentou. Além da procura, o número de casos positivos também tem chamando a atenção dos laboratórios.
Em uma semana, entre os dias 6 e 12 de fevereiro, o laboratório Hermes Pardini registrou um aumento no número de testes positivos para a dengue de 5% para 9%. A infectologista Melissa Valentini explica que apesar de não ser uma situação alarmante, a população deve se manter atenta durante o período chuvoso.
“Nós temos picos de dengue a cada dois, três anos, o último pico foi em 2019. Este ano foi um ano muito chuvoso, então precisamos ficar realmente atentos à circulação do vírus da dengue no momento em que ainda temos uma situação do vírus que causa a Covid-19”, relata Melissa.
Apesar das duas doenças apresentarem sintomas em comum, a infectologista também existem diferenças cruciais na identificação. “Os sintomas iniciais da dengue podem ser dor de cabeça, mal-estar geral, dor muscular e cansaço, mas a Covid é uma doença respiratória. Então você tem, além desses sintomas, um caso de nariz escorrendo, tosse, espirro, o que não acontece na dengue”, explica.
O diretor técnico do Laboratório Lustosa, Adriano Basques, enfatiza a importância da rapidez para a realização do exame de sangue quando há suspeita de dengue. “O tempo para realização do exame é importante. Até o quinto dia do sintoma é importante realizar o exame de sangue para pesquisa do antígeno NS1, que é uma proteína viral que circula no sangue na fase inicial da infecção. Passado este período, a partir do sexto dia, recomendamos a pesquisa de anticorpos, também no exame de sangue, que é indicador do combate do nosso organismo”, explica o diretor.
A infectologista do Hermes Pardini, Melissa Valentini, destaca a necessidade da avaliação correta para o tratamento da doença. “Dengue é uma doença que precisa ser avaliada. O principal tratamento dela é a hidratação e, se essa hidratação não é feita de uma maneira adequada, no momento adequado, a dengue pode evoluir para formas graves”, informa.
Fonte: Rádio Itatiaia