Carla Fernandes, de 37 anos, é mãe de uma menina de 13 anos com o transtorno do espectro autista. A mulher desconfiou dos hematomas no corpo da criança e resolveu instalar uma câmera de segurança no quarto, que flagrou a babá agredindo a adolescente.
Carla contou que se formou em fisioterapia pensando em ajudar pessoas, principalmente aquelas com as mesmas condições de sua filha, e também de mães que têm que lidar com essa situação.
A fisioterapeuta sempre trabalhou meio período, para conseguir atender as necessidades da menina, que além de ter o transtorno do espectro autista, não enxerga. Porém, há quase um mês, recebeu uma proposta de emprego irrecusável e precisou contratar uma babá.
Segundo Carla, a moça foi recomendada por uma amiga, então ela sentiu confiança em deixar sua filha aos cuidados dela. Inicialmente, a babá aparentava ter habilidades com criança, mas tudo mudou antes mesmo de completar noventa dias de experiência no novo emprego.
A funcionária trabalhava há pouco mais de um mês. Carla começou a perceber uma mudança no comportamento da filha, que mesmo não conseguindo se expressar com palavras, parecia estar sempre muito assustada. Além disso, viu um hematoma no braço direito da filha que parecia um beliscão, o que aumentou sua desconfiança.
Para averiguar o que estava acontecendo, Carla e o irmão tiveram a ideia de colocar um telefone celular, escondido em uma caixa, em cima do guarda-roupa. A ideia era filmar a cama do quarto, na qual a menina era trocada constantemente.
No primeiro dia de gravação, as imagens mostraram a mulher puxando a criança pelos braços, dando tapas em sua cabeça e em seu rosto. A mãe registrou um boletim de ocorrência, mas só descobriu em casa que o nome da suspeita não foi informado no documento. Isso aconteceu porque, segundo a fisioterapeuta, a mulher se apresentou com nome falso.
A equipe tentou contato com a suspeita por telefone, em três tentativas, mas não obteve retorno. Como não foi devidamente citada na ocorrência, a suspeita ainda não foi intimada.
Fonte: R7
