A balança comercial brasileira encerrou o mês de agosto com superávit de US$ 6,133 bilhões, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (4) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). No período, as exportações somaram US$ 29,861 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 23,728 bilhões, resultando em uma corrente de comércio de US$ 53,589 bilhões.

No acumulado do ano, o país exportou US$ 227,583 bilhões e importou US$ 184,771 bilhões, gerando um saldo positivo de US$ 42,812 bilhões. A corrente de comércio anual chegou a US$ 412,354 bilhões.

Em comparação com agosto de 2024, as exportações cresceram 3,9%, passando de US$ 28,74 bilhões para US$ 29,861 bilhões. O desempenho foi impulsionado por aumentos nos setores de agropecuária (alta de US$ 0,51 bilhão, ou 8,3%) e indústria extrativa (crescimento de US$ 0,74 bilhão, ou 11,3%). Já a indústria de transformação registrou queda de US$ 0,14 bilhão (-0,9%).

Nas importações, houve retração de 2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando o volume foi de US$ 24,22 bilhões. A agropecuária teve variação mínima (0,4%), enquanto a indústria extrativa cresceu US$ 0,37 bilhão (26,5%). Por outro lado, a indústria de transformação apresentou queda de US$ 0,85 bilhão (-3,8%).

Exportações por destino

O mês de agosto registrou crescimento expressivo nas exportações para diversos países: Reino Unido (11%), México (43,82%), Argentina (40,37%), China (31%) e Índia (58%).

Por outro lado, houve quedas significativas nas vendas para Bélgica (-43,8%), Espanha (-31,3%), Coreia do Sul (-30,44%) e Singapura (-17,1%). Para os Estados Unidos, a retração foi de 18,5%, com destaque para a ausência total de exportações de minério de ferro, que caiu 100%.

Entre os produtos com maior queda nas vendas para os EUA estão aeronaves e partes (-84,9%), açúcar (-88,4%), motores e máquinas não elétricos (-60,9%), carne bovina fresca (-46,2%), máquinas de energia elétrica (-45,6%), celulose (-22,7%), produtos semiacabados de ferro e aço (-23,4%), óleos combustíveis (-37%) e madeira (-39,9%).

Segundo o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do MDIC, Herlon Brandão, a queda nas exportações para os Estados Unidos foi influenciada pela antecipação de vendas em julho, motivada pela expectativa de aumento de tarifas.

“Atribuo isso muito à antecipação que ocorreu em julho, quando houve uma carta no dia 9 de julho afirmando que as tarifas iam aumentar em 50% para o Brasil. Isso gerou incerteza entre os exportadores e tivemos crescimento das exportações para os Estados Unidos de 7%”, explicou Brandão.

Com informações da Agência Brasil

 

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