Cardiologistas alertam para perigo da mistura de álcool com energético

Pesquisa feita em 2002 pela Universidade Federal de São Paulo mostra que a cafeína presente nos energéticos, quando combinada com álcool, tem impacto negativo no cérebro.

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Pesquisa feita em 2002 pela Universidade Federal de São Paulo mostra que a cafeína presente nos energéticos, quando combinada com álcool, tem impacto negativo no cérebro.

A mistura de bebidas alcoólicas com energéticos pode acarretar perigos para os usuários e atrapalhar o carnaval de muita gente, alerta o vice-presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), Ricardo Mourilhe. Segundo ele, os energéticos são ricos em cafeína e taurina, que são ?potentes estimulantes – assim como o álcool -, e podem induzir ao aumento da pressão arterial, à arritmia.
Uma doença cardíaca preexistente pode ser agravada e, se o usuário tem uma doença incipiente, ainda não manifestada, ela pode ser potencializada por causa do uso dessas substâncias, disse Mourilhe.
O cardiologista alertou que, se o consumidor tem pressão arterial já elevada e toma estimulante misturado com álcool, a pressão sobe mais ainda, e isso pode levar a um acidente vascular cerebral (AVC).
Pessoas de qualquer idade estão sujeitas a esses perigos, mas, nos jovens, o risco da combinação álcool e energético é maior, explicou o cardiologista. ?O jovem, em geral, faz uso dessas substâncias em quantidade muito maior. Se ele tem, por exemplo, a doença não diagnosticada, não conhecida, o risco acaba sendo maior por esse motivo. Normalmente, a pessoa mais velha tende a se cuidar mais e se policia.? O jovem, ao contrário, mesmo que tenha algum problema, costuma relaxar mais e ignorar os perigos, acrescentou.
Morilhe recomenda que, se a pessoa resolver beber, é importante que se mantenha hidratada, porque isso ajuda a minimizar o problema. A combinação álcool e energético, segundo ele, leva a uma rápida desidratação, o que agrava ainda mais os riscos, e isso dá mais arritmia, mais hipertensão arterial, completou.
É preciso também que os foliões não esqueçam de se alimentar no período do carnaval. Nunca se devem beber em jejum, destacou Mourilhe. ?Como a mistura de energéticos com álcool leva à desidratação, junta-se desidratação com jejum, e o quadro se agrava mais?. Por isso, é importante se alimentar quando se consome essa a mistura, e beber muita água.
De acordo com o médico, o ideal, porém, é reduzir ao máximo a combinação de bebidas alcoólicas e energéticos, ou não consumir. Se consumir, que o faça com extrema moderação?, disse Mourilhe. Ele disse que, hoje em dia, os jovens costumam misturar energéticos com vodca, que é uma bebida mais barata. Isso é um agravante, disse, porque o destilado tem um percentual de álcool muito mais alto que a cerveja, por exemplo. ?Então, tendo mais álcool, maior o risco?, ressalta.
De acordo com a presidenta da Socerj, Olga Ferreira de Souza, os energéticos permitem que a pessoa beba em maior quantidade. Com isso fica mais sujeita a embriaguez e a riscos de quedas, de acidentes, de dependência e até de morte, com redução de reflexos.
Pesquisa feita em 2002 pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostra que a cafeína presente nos energéticos, quando combinada com álcool, tem impacto negativo no cérebro, podendo levar ao envelhecimento precoce e a doenças como o Mal de Parkinson e Alzheimer.

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Sobre o autor

André Ribeiro

Designer do portal Últimas Notícias, especializado em ricas experiências de interação para a web. Tecnófilo por natureza e apaixonado por design gráfico. É graduado em Bacharelado em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Cardiologistas alertam para perigo da mistura de álcool com energético

Pesquisa feita em 2002 pela Universidade Federal de São Paulo mostra que a cafeína presente nos energéticos, quando combinada com álcool, tem impacto negativo no cérebro.

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Pesquisa feita em 2002 pela Universidade Federal de São Paulo mostra que a cafeína presente nos energéticos, quando combinada com álcool, tem impacto negativo no cérebro.

 

A mistura de bebidas alcoólicas com energéticos pode acarretar perigos para os usuários e atrapalhar o carnaval de muita gente, alerta o vice-presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), Ricardo Mourilhe. Segundo ele, os energéticos são ricos em cafeína e taurina, que são “potentes estimulantes – assim como o álcool -, e podem induzir ao aumento da pressão arterial, à arritmia”.

Uma doença cardíaca preexistente pode ser agravada e, se o usuário tem uma doença incipiente, ainda não manifestada, ela pode ser potencializada por causa do uso dessas substâncias, disse Mourilhe.

O cardiologista alertou que, se o consumidor tem pressão arterial já elevada e toma estimulante misturado com álcool, a pressão sobe mais ainda, e isso pode levar a um acidente vascular cerebral (AVC).

Pessoas de qualquer idade estão sujeitas a esses perigos, mas, nos jovens, o risco da combinação álcool e energético é maior, explicou o cardiologista. “O jovem, em geral, faz uso dessas substâncias em quantidade muito maior. Se ele tem, por exemplo, a doença não diagnosticada, não conhecida, o risco acaba sendo maior por esse motivo. Normalmente, a pessoa mais velha tende a se cuidar mais e se policia.” O jovem, ao contrário, mesmo que tenha algum problema, costuma relaxar mais e ignorar os perigos, acrescentou.

Morilhe recomenda que, se a pessoa resolver beber, é importante que se mantenha hidratada, porque isso ajuda a minimizar o problema. A combinação álcool e energético, segundo ele, leva a uma rápida desidratação, o que agrava ainda mais os riscos, e isso dá mais arritmia, mais hipertensão arterial, completou.

É preciso também que os foliões não esqueçam de se alimentar no período do carnaval. Nunca se devem beber em jejum, destacou Mourilhe. “Como a mistura de energéticos com álcool leva à desidratação, junta-se desidratação com jejum, e o quadro se agrava mais”. Por isso, é importante se alimentar quando se consome essa a mistura, e beber muita água.

De acordo com o médico, o ideal, porém, é reduzir ao máximo a combinação de bebidas alcoólicas e energéticos, ou não consumir. Se consumir, que o faça com “extrema moderação”, disse Mourilhe. Ele disse que, hoje em dia, os jovens costumam misturar energéticos com vodca, que é uma bebida mais barata. Isso é um agravante, disse, porque o destilado tem um percentual de álcool muito mais alto que a cerveja, por exemplo. “Então, tendo mais álcool, maior o risco”, ressalta.

De acordo com a presidenta da Socerj, Olga Ferreira de Souza, os energéticos permitem que a pessoa beba em maior quantidade. Com isso fica mais sujeita a embriaguez e a riscos de quedas, de acidentes, de dependência e até de morte, com redução de reflexos.

Pesquisa feita em 2002 pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostra que a cafeína presente nos energéticos, quando combinada com álcool, tem impacto negativo no cérebro, podendo levar ao envelhecimento precoce e a doenças como o Mal de Parkinson e Alzheimer.

Redação do Jornal Nova Imprensa Agência Brasil

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Sobre o autor

André Ribeiro

Designer do portal Últimas Notícias, especializado em ricas experiências de interação para a web. Tecnófilo por natureza e apaixonado por design gráfico. É graduado em Bacharelado em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.