Nesta quarta-feira (3), durante um desfile militar que reuniu milhares de espectadores em Pequim, o presidente da China, Xi Jinping, apresentou a avançada tecnologia bélica do país. O evento contou com a presença inédita de dois outros líderes mundiais: o presidente russo Vladimir Putin e o líder norte-coreano Kim Jong-un, marcando a primeira aparição pública conjunta dos três.
Embora a China seja um dos principais fornecedores de armas para países como o Paquistão, ela ainda não rivaliza com os maiores exportadores globais. Segundo dados do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI), entre 2020 e 2024, a China respondeu por 5,9% das exportações mundiais de armamentos, ocupando a quarta posição no ranking mundial.
No topo da lista estão os Estados Unidos, responsáveis por 43% das vendas globais de armas, seguidos pela França, com 9,6%, e pela Rússia, com 7,8%. O relatório do SIPRI destaca que, apesar de o volume chinês ser consideravelmente menor, o país vem buscando ampliar sua presença no mercado internacional de armamentos.
Especialistas veem o desfile como uma oportunidade estratégica para a China mostrar o seu arsenal a potenciais compradores que desejam alternativas aos fornecedores tradicionais. O major-general aposentado do Exército australiano Mick Ryan comentou à CNN que a exibição pode sinalizar a disposição chinesa em expandir suas exportações de armas.
Com esta demonstração de força e tecnologia, a China reforça seu papel crescente no setor de armamentos, ao mesmo tempo em que consolida alianças políticas e militares em um contexto global cada vez mais complexo.
Com informações da CNN Brasil