A Prefeitura de Travesseiros, cidade no Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, confirmou a primeira morte por leptospirose após as enchentes que atingem o Rio Grande do Sul. O munícipio fica próximo ao rio Forqueta, afluente do rio Taquari. Por conta das fortes chuvas, o Taquari chegou ao maior nível da sua história, ultrapassando os 30 metros, no dia 1° de maio.

Segundo o município, a vítima é um idoso de 67 anos. A morte aconteceu na sexta-feira (17), mas só foi confirmada nesse domingo (19). O governo estadual ainda aguarda a confirmação laboratorial do óbito.

A leptospirose é uma infecção causada pela bactéria do tipo Leptospira, transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos). A bactéria penetra a partir da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou por meio de mucosas.

A doença é uma grande preocupação das autoridades, já que as inundações proporcionam um ambiente favorável à propagação da doença, elevando o perigo para aqueles que têm contato com águas poluídas. O Ministério da Saúde alerta que a lama de enchentes tem alto poder infectante. A leptospirose tem uma letalidade elevada, que pode chegar a 40% nos casos mais graves.

 

Principais sintomas

Segundo o Ministério da Saúde, o início dos sintomas geralmente ocorre entre 7 e 14 dias após a exposição a situações de risco. São eles:

  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Dor muscular, principalmente nas panturrilhas;
  • Falta de apetite;
  • Náuseas/vômitos;
  • Também podem ocorrer diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular, tosse. Mais raramente podem manifestar exantema (erupção cutânea), aumento do fígado e/ou baço, aumento de linfonodos e sufusão conjuntival.

Em aproximadamente 15% dos pacientes com leptospirose, a doença evolui para a forma grave, que normalmente iniciam-se após a primeira semana de doença.

 

Manifestações na fase tardia

  • Síndrome de Weil – tríade de icterícia (pele alaranjada), insuficiência renal e hemorragias;
  • Síndrome de hemorragia pulmonar – lesão pulmonar aguda e sangramento maciço;
  • Comprometimento pulmonar – tosse seca, dispneia, expectoração hemoptoica;
  • Síndrome da angustia respiratória aguda – SARA;
  • Manifestações hemorrágicas – pulmonar, pele, mucosas, órgãos e sistema nervoso central.

 

Tratamento

O Ministério da Saúde orienta que os casos suspeitos de leptospirose no Rio Grande do Sul devem ter tratamento imediato, que consiste no uso de substâncias e medicamentos para evitar o desenvolvimento da doença.

 

Fonte: Itatiaia

 

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