O Exército prendeu, nesta terça-feira (25), os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participação no núcleo 1 da tentativa de golpe de Estado. Ambos foram levados ao Quartel-General do Comando Militar do Planalto, em Brasília, onde permanecerão sob custódia militar.
Segundo o Centro de Comunicação Social do Exército, a ação foi acompanhada por generais de quatro estrelas, em uma demonstração de cumprimento formal e rigoroso da determinação judicial. As prisões ocorreram no mesmo momento em que o ministro Alexandre de Moraes decretou o trânsito em julgado das condenações de Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem e Anderson Torres, permitindo o início da execução das penas impostas.
Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), foi condenado em setembro pela Primeira Turma do STF a 21 anos de prisão em regime inicial fechado, além de 84 dias-multa, cada um calculado com base no salário mínimo da época dos fatos. Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, recebeu pena de 19 anos de prisão em regime fechado, também com 84 dias-multa.
As condenações integram o conjunto de decisões relacionadas à tentativa de golpe, que já soma mais de uma centena de sentenças envolvendo militares de alta patente, ex-assessores presidenciais e articuladores da trama — um processo que, ao longo de dois anos, alterou a dinâmica entre as Forças Armadas e o poder civil.
Enquanto as prisões de Heleno e Nogueira foram confirmadas, a situação do almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha e igualmente condenado, permanece incerta. Seu advogado, Demóstenes Torres, afirmou a O TEMPO não ter conseguido contato com o cliente e levantou a possibilidade de que ele também possa ter sido detido, embora ressalte tratar-se apenas de suposição. A movimentação em torno do núcleo militar segue sendo monitorada por advogados e parlamentares.
Com informações do Jornal O TEMPO












