O ex-deputado federal e ex-procurador da operação Lava Jato, Deltan Dallagnol (Novo-PR), atacou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao declarar que o mandatário se sente com “com carta branca para fazer o que quiser” após ter sido beneficiado pela anulação das condenações por corrupção e lavagem de dinheiro. Em entrevista ao Café com Política, da FM O Tempo 91,7, nesta sexta-feira (29), Dallagnol ainda criticou a atuação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e afirmou que há uma “vingança do sistema contra Bolsonaro e os bolsonaristas”.

“Quando eu olho para o governo Lula eu vejo um governo que está cumprindo os desmandos que já prometia que realizaria. Era claro para todo mundo que o eventual governo Lula seria o governo de uma pessoa que foi condenada em três instâncias por corrupção e foi livrada, foi descondenada sem jamais ter sido absolvida pelo Supremo Tribunal Federal. E se ele chegou a ser condenado em três instâncias por corrupção e em mais de um processo ele foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, e ainda assim foi eleito, essa pessoa, chegando à cadeira de presidente, se sente com uma espécie de carta branca para fazer o que quiser. Afinal de contas, mesmo com tudo o que fez e desfez foi eleito presidente”, disparou o ex-deputado federal, durante passagem por Belo Horizonte no último dia 19, quando se encontrou com representantes do partido Novo.

Dallagnol também condenou a política econômica adotada pelo governo federal ao afirmar que a gestão de Lula “só sabe governar se for gastando muito”. “É um governo que já mudou as regras do equilíbrio fiscal e já disse publicamente que não vai cumprir. Ele está se comprometendo com o aumento da dívida, o que vai gerar mais juros e, segundo economistas, tende a gerar recessão, menores salários, menos renda, menos riqueza produzida”, comentou.

O ex-deputado também teceu críticas à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao avaliar que a reunião do ex-mandatário com embaixadores – na qual foram levantadas dúvidas em relação à segurança das urnas eletrônicas – não seria motivo suficiente para o tornar inelegível. “Isso acontece num contexto maior em que a gente vê o sistema perseguindo Bolsonaro, a direita e os bolsonaristas. Basta ver mensagens que o Supremo passou na linha de ‘nós vencemos o bolsonarismo’. Todo mundo enxerga, é impossível alguém não ver que existe, sim, hoje uma maquinação, uma retaliação e uma vingança do sistema contra Bolsonaro e contra os bolsonaristas”, reclamou.

Fonte: O Tempo

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