“A estação Lusail, do Metrô, fica a 300 metros das entradas do estádio. Torcedores de incontáveis nacionalidades chegam aos montes, descendo pelas escadas rolantes, passando pelas esteiras móveis, cantando e se divertindo. Cadeirantes, muitos, tratados com todo o respeito e com acessos fáceis, rápidos, além de ter muita gente para dar algum apoio, caso necessário. Dentro deste e qualquer estádio da Copa, excelentes posições são reservadas para que todos possam assistir confortavelmente, com um visual privilegiado.

A bola rolou, Messi, de pênalti, aos oito minutos, abriu o placar. Todos na tribuna de imprensa começamos a “confirmar” o que se “previa”: vai ser uma goleada ao estilo Inglaterra 6 x 2 Iran.

 

Ledo e grosso engano!

Muita gente riu quando o técnico da Arábia Saudita, o francês Hervé Renard, disse ao chegar aqui: “Não viemos aqui apenas para participar”. E parece que ele e seu grupo farão história. Time muito aplicado, determinado e consciente do que fazer em campo. Se utilizou muito bem da linha de impedimento e escapou de três gols argentinos, cujos autores foram flagrados após empurrarem a bola para dentro.

No início do segundo tempo, aos três minutos, Saleh Al Shehri, empatou para os sauditas, surpreendendo Messi e cia.

O time argentino passou a se comportar como s tivesse tomado uma pancada na cabeça. Aos sete, nova pancada, com gol da virada marcado por Salem Al- Dawsari.

Na tribuna de imprensa, todo mundo se olhando e buscando respostas. Várias encontradas: competência do técnico francês, de 54 anos de idade, ex-zagueiro do Cannes, que trabalhou apenas em dois clubes na Franca, quando se aposentou, em 1998. Foi rodar por clubes e seleções da África, trabalhando como técnico das seleções de Zâmbia, Angola, Costa do Marfim e Marrocos, com quem disputou a Copa da Rússia em 2018. Foi eliminado na primeira fase, porém, seu trabalho chamou a atenção dos sauditas, que o contrataram para ficar até 2027.

Outros motivos dessa virada: a determinação dos jogadores sauditas. Primeira Copa disputada no Oriente Médio, terceira maior torcida a comprar ingressos para a Copa do Catar (atrás somente dos catares e dos norte-americanos), questão de orgulho próprio, de fazer história.

E ganhou de uma argentina que estava invicta há 37 jogos!

 

Viva o futebol!

No Centro de Imprensa do Estádio Lusail, o goleiro da Argentina na Copa de 1990 (Itália), Goycochea, está aqui como comentarista, atividade que abraçou depois que parou. Também já atuou como ator de novelas na Argentina. Está com 59 anos de idade.

Prazer encontrar o filho do grande Gaia, em mais uma Copa: Thiago Reis, “Seu Nome Seu Bairro”, profissional e gente da prateleira de cima.

Outro grande companheiro, de longa data, sucesso no rádio esportivo brasileiro, Eraldo Leite, da Rádio Globo, Rio. Cobrir Copa do Mundo nos dá a oportunidade de reencontrar gente especial como estes aí, e muitos outros, que vamos registrando aqui.”

 

Créditos: Reprodução/ Blog do Chico Maia

Créditos: Reprodução/ Blog do Chico Maia

Créditos: Reprodução/ Blog do Chico Maia

 

 

Fonte: Blog do Chico Maia

 

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