Apesar de uma minoria dominar, é necessário que a maioria entenda o que vai ocorrer nas próximas eleições no já próximo dia 02 de outubro de 2022.
Tudo caminha na maioria dos estados para uma polarização, apoiando dois candidatos chefes, o Bolsonaro com os partidos coligados, PL – PP e Republicados e o Luca com a coligação PT, PC do B, PV, Solidariedade, PSOL, Rede, PSB, Agir, Avante e Pros. É uma eleição complexa na qual teremos parâmetros e comportamentos distintos, senão vejamos:
Presidente, Governador (estes dois primeiros podem ter segundo turno), Senador que também é escolhido o que tiver mais votos porém sem segundo turno e a situação mais complexa que é a dos deputados federais e estaduais que obedecerão a questão da proporcionalidade dentro de cada coligação com a escolha pelo “quociente eleitoral”, que é a divisão de todos os votos válidos pelo número de vagas. Assim num exemplo hipotético, se tiver 1.000.000 votos válidos para 10 vagas existentes, o quociente será 100.000 votos. Se uma coligação receber 600.000 votos (no caso sempre para deputados) e outra 400.000 votos, a primeira elegerá 6 deputados dentro o seu universo de candidatos que obtiver maior número de votos e a segunda elegerá 4 deputados na mesma proporção.
Observe-se que dentro das coligações, por exemplo a que recebeu 600.000 votos e tenha 200 candidatos; e dentre estes 200, 1 deles recebeu sozinho 300.000 votos, os outros 5 candidatos eleitos pela legenda, poderão se eleger com uma média, a mais ou a menos, de 60.000 votos, ou seja, o que restou, 300.000 divididos pelos 5 outros mais votados.
Assim a eleição de deputados é uma loteria ou “briga de foice” e então a escolha acaba não sendo para um candidato específico, mas para uma coligação. Então por exemplo, se um eleitor tiver uma aversão pelo apoio a um dos centralizadores das coligações majoritárias e não quiser que este centralizador tenha apoio de um grupo majoritário de deputados, ele não votará em nenhum candidato que pertença àquela coligação. Assim se quiser que o seu candidato centralizador de coligação tenha o apoio dos deputados eleitos, escolherá um candidato daquela mesma coligação.
Lembrando ainda que no caso do senador, se uma coligação dividir seus votos entre dois candidatos considerados bons, poderá perder a eleição para outra coligação que tiver um candidato ruim mas “bom de voto”.
Por isto é muito importante a escolha dos candidatos considerando as coligações partidárias nas quais estão inscritos. Ou não, já que o voto é livre.