Ao ser questionado sobre os inúmeros problemas relacionados com o não recolhimento de lixo reciclável, o secretário tentando eximir da culpa a sua secretaria, afirmou que o recolhimento e transporte deste lixo era de responsabilidade da “associação” que cuida da coleta e processamento do material.

Ocorre que, na verdade, ao que apuramos, os veículos, motoristas e coletores que a isto se dedicam, oneram os cofres públicos municipais. O serviço executado, ainda que de forma precária se vale do uso de veículos do município e a mão de obra, diferentemente do que afirmou o secretário, também é “oficial”.

Ao que se sabe, todo o lixo reciclável recolhido ao chegar no Aterro Sanitário ou é enterrado como se fosse lixo orgânico ou é entregue a uma família (marido, mulher, filha e genro) que cuida da separação e processamento, sendo, portanto, beneficiários diretos do produto da venda final. Coleta, transporte, gastos com energia e outros, são sim, bancados pela municipalidade. Seria conveniente que em nome da transparência o secretário traga a público o nome da tal associação, CNPJ da mesma, composição de sua diretoria, número e nome dos associados.

Outras informações dadas pelo secretário também não conferem com a realidade dos fatos. Com relação à coleta de lixo descartado fora do perímetro urbano, em especial nas áreas rurais e nas regiões próximas ao Lago de Furnas, fotos e vídeos desmentem as afirmações feitas por ele. A este respeito, a reportagem apurou na quinta-feira (8), a situação das caçambas que foram objeto de denúncia há 7 dias e continua a mesma. O número de veículos disponíveis na secretária para o recolhimento das 40 (???) caçambas que atendem a zona rural foi superestimado. Hoje, apenas um veículo estava fazendo o serviço de recolhimento e troca de caçambas.

O secretário também informou que está em andamento a aquisição de programa que permitirá à população acompanhar o trajeto percorrido pelos caminhões coletores, o que, se bem usado, evitará a colocação de lixo nas ruas em horários muito distante da efetiva coleta.

Sobre a situação dos cães de rua (mordedores viciosos e cães comunitários), Marco Antônio relatou que a parceria que deveria ter sido feita com o UNIFOR, não ocorreu por falta de interesse declarado por aquela instituição. Informou que o CODEVIDA recolheu nestes meses cerca de 90 cães viciosos e que destes, 30 ainda se encontram sob os cuidados do CODEVIDA. “Sem castrar, chipar e promover educação ambiental, não há o que fazer agora. Está havendo uma desordem no município e os pontos de permanência das matilhas estão sendo mapeados. Estamos também providenciando censo para obtermos um levantamento completo da situação”, disse.

Vangloriando-se de haver economizado alguns milhões ao suspender a prática de horas extras em sua secretaria, Marco Antônio  se esqueceu de considerar que para a população, aquela que paga a taxa de limpeza mensalmente,  mais importante que a tal economia, o que se espera é a prestação de serviços (coleta de lixo, processamento, capina de ruas, limpeza de rios e córregos e outros serviços de reponsabilidade da secretaria), no mínimo em condições de se evitar danos à saúde pública e de agredir muito o visual e as condições de salubridade da população. E, transparência nas informações prestadas, também seria de “bom alvitre”.

 

 

 

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