Uma operação da Polícia Militar do Meio Ambiente autuou uma empresa que montava uma estrutura para exploração ilegal de ouro no Rio Lambari, em Cambuquira (MG). A ação ocorreu após denúncias recebidas na primeira quinzena de outubro.
Durante fiscalização, os agentes encontraram uma balsa que seria utilizada para a extração mineral, embora não estivesse em operação no momento da abordagem. A análise da documentação apresentada pela empresa revelou irregularidades: não havia outorga do Instituto Estadual de Gestão das Águas (IGAM), exigida para atividades desse tipo.
A empresa foi autuada por extração mineral sem autorização e obrigada a retirar os equipamentos do local. Ninguém foi preso, e o caso será encaminhado ao Ministério Público de Cambuquira.
A ONG Nova Cambuquira também participou da denúncia. Segundo a organização, equipes em campo identificaram indícios de extração de minerais nas margens do Rio Lambari e acionaram a Polícia Militar do Meio Ambiente e a prefeitura no mesmo dia.
Essa ação se soma à operação “Fogo no Garimpo”, realizada em agosto pela mesma corporação. Na ocasião, 12 dragas utilizadas na extração de ouro foram destruídas e dezenas de pessoas foram presas. Mais de R$ 2 milhões em multas foram aplicadas, além da apreensão de barcos, motores e outros equipamentos. As ações ocorreram nos rios Verde e Sapucaí, nas cidades de Conceição do Rio Verde, Elói Mendes, Paraguaçu, Três Corações e Varginha.
“O cenário que a gente encontra é bem degradante, porque o material que não serve acaba ficando no leito do rio, causando o assoreamento em muitos casos”, afirmou o sargento Marcos Vinícius Santos. Ele também alertou para os riscos ambientais: “Pode ser que ocorra o uso de mercúrio, que é um material que vai contaminar peixe, água, e a gente tem a situação da captação que a gente faz no Rio Verde, que é água de uso comum para todos.”
Com informações do G1 Sul de Minas