Moradores de Lavras estão convivendo constantemente com problemas no fornecimento de água na cidade. A empresa alega que a obra de uma nova adutora, que está em testes, vai permitir um aumento de 25% na vazão de captação de água na cidade.

No mês passado, a Copasa chegou a informar que, por alguns dias, 170 bairros ficariam sem água para a obra de construção de uma adutora. Mas em uma ação movida pela prefeitura, o município afirma que outras interrupções foram feitas e sem prévia comunicação aos moradores, o que gerou diversos processos administrativos.

Além do dano causado à população, a empresa estaria ainda descumprindo o contrato de concessão, deixando de fornecer suficientemente água para o município, além da inadimplência dos investimentos que a Copasa se comprometeu a fazer. A Justiça decidiu então que a Copasa garanta a toda a população pleno acesso a água potável, sob pena de multa de R$ 2,5 milhões caso a medida seja descumprida.

O gerente regional da Copasa explica que a obra para construção da adutora está em fase de testes.

“A obra ela já está em um período de testes, ela já foi concluída, a gente está fazendo os testes nela agora e essa obra é uma duplicação das adutoras que já vinham do Rio Grande até a cidade, que isso vai ofertar mais água à cidade. Com isso a gente vai sair desse período de oscilação que está ocorrendo hoje na cidade”, disse o gerente regional da Copasa, Marlon Aguiar.

Além disso, neste período de estiagem, outras ações vêm sendo feitas pela empresa.

A cidade possui três mananciais. Dois deles já caiu a vazão pela metade, isso está comprometendo o abastecimento de água, a cidade. Então a gente está sofrendo uma oscilação nesse abastecimento. Essa oscilação está ocorrendo pelas manobras que a Copasa tem feito para poder garantir a água a toda a população. Então, em determinada hora do dia falta em algum bairro mais um outro tem. Então a Copasa vem fazendo essas manobras para garantir para todo mundo receber a água de uma certa forma igual a todos.

Esse rodízio de água acaba afetando também os pequenos negócios. Quem trabalha por exemplo com salões acaba ficando sem água para atender os clientes.

“Sim, sim, a gente vem passando por isso aqui de forma recorrente e nos últimos tempos creio, que tem uns dois meses, eles não comunicam a gente que vai faltar água, eles não põem um aviso prévio. E para a gente que trabalha com salão, a matéria prima para a gente aqui é a água. Sem a água a gente não consegue trabalhar”, disse o proprietário do salão, Maycon Brendon Firmino.

Como alternativa, o comerciante tem usado um galão para armazenar a água e conseguir trabalhar.

“A gente pegou esse tambor aqui de 100 litros e encheu ele de água, enquanto a gente tem acesso a ela para a gente poder estar trabalhando com a canequinha, que é a única alternativa que sobrou para a gente para não ficar sem trabalhar”, disse o comerciante.

Em relação à decisão da Justiça contra a Copasa, cabe recurso. A companhia não comentou sobre esse assunto, mas afirmou que a obra de implantação da nova adutora vai permitir um aumento de 25% na vazão de captação de água na cidade, o que vai trazer mais estabilidade e regularidade no abastecimento. A companhia reforçou e pediu a colaboração dos moradores para fazer o uso consciente da água.

Fonte: G1 Sul de Minas

 

COMPARTILHAR: