Testemunhas afirmaram ter ouvido nesta segunda-feira (23), explosões em Doha, capital do Catar, em meio a preocupações sobre uma possível retaliação do Irã. A maior base dos Estados Unidos no Oriente Médio está localizada no país. Uma base dos EUA no Iraque também foi atingida.
Até o momento, não há informações sobre vítimas.
“A Casa Branca e o Departamento de Defesa estão cientes e monitorando de perto as potenciais ameaças à Base Aérea de Al Udeid, no Catar”, disse um alto funcionário da Casa Branca.
A base militar de Al-Uldeid, no Catar, é a maior instalação dos Estados Unidos na região. Nas últimas semanas, muitas aeronaves e funcionários da base foram evacuados.
O que está acontecendo
- Tendo como alvo a sede da Guarda Revolucionária do Irã (IRGC), Israel voltou a lançar ataques aéreos contra o país, nesta segunda-feira (23/6), com “intensidade sem precedentes” ao “coração de Teerã”, capital do Irã.
- De acordo com o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, entre os alvos estavam o quartel-general de Basij, a Prisão de Evin, “para presos políticos e opositores do regime”, o relógio da Destruição de Israel, localizado na Praça Palestina, e o quartel-general de segurança interna da Guarda Revolucionária.
- O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) do Irã realiza, nesta segunda-feira (23), a 21ª operação com mísseis desde o início do conflito com Israel, no último dia 13 de junho. A ação adota uma nova tática ao lançar um ataque combinado de mísseis e drones contra múltiplos alvos em outras regiões de Israel.
- De acordo com um comunicado oficial do IRGC, foram usados mísseis de propulsão sólida e líquida, além de drones suicidas, para atingir áreas estratégicas espalhadas de norte ao sul do território israelense.
- Nesse sábado (21/6), os Estados Unidos entraram oficialmente na guerra, depois de bombardear três instalações nucleares do Irã.
Em resposta, o Iêmen anunciou a entrada no conflito “contra Israel e EUA”, ao lado do Irã, e diz estar de “prontidão para participar do ataque a navios e navios de guerra americanos no Mar Vermelho, caso o inimigo americano lance uma agressão em apoio ao inimigo israelense contra a República Islâmica do Irã.”
Fonte: Álvaro Luiz/ Metrópoles