Um vídeo perturbador que circula nas redes sociais mostra um jacaré dentro de uma caixa d’água devorando o que seriam partes de um corpo humano. As imagens foram atribuídas ao Comando Vermelho (CV), facção criminosa que, segundo denúncias, estaria utilizando répteis como instrumento de tortura contra rivais e na ocultação de cadáveres.

Histórico de uso de animais pela facção

Essa não é a primeira vez que o CV é associado ao uso de jacarés em práticas criminosas. Em julho deste ano, a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) apreendeu um filhote do animal na comunidade do Mandela, em Manguinhos, zona norte da capital fluminense. Na ocasião, o réptil foi encontrado dentro de um imóvel e, segundo os agentes, era mantido como “animal de estimação” por traficantes da região.

A operação foi conduzida por policiais da 21ª Delegacia de Polícia (Bonsucesso) em conjunto com a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Durante a ação, um suspeito morreu e outros três ficaram feridos por disparos de arma de fogo.

Vídeo viral após megaoperação

O vídeo do jacaré devorando supostos restos humanos começou a circular após a megaoperação realizada contra o Comando Vermelho na última terça-feira, 28 de outubro. A ação foi considerada a mais letal da história do estado, com 117 suspeitos mortos, além de quatro policiais.

Investigação em andamento

A reportagem procurou a Polícia Civil para confirmar se há investigações em curso sobre o uso de animais na ocultação de cadáveres. Até o fechamento desta matéria, a corporação não havia se pronunciado oficialmente.

Perfil dos mortos na operação

Segundo levantamento da Polícia Civil, entre os mortos estão pelo menos dois indivíduos acusados de estupro coletivo e homicídio, incluindo a morte de agentes de segurança. O balanço aponta que 62 dos mortos eram oriundos de outros estados, 59 tinham mandados de prisão em aberto e 97 apresentavam histórico criminal extenso. Outros 17 não possuíam antecedentes, mas 12 deles exibiam indícios de envolvimento com o tráfico em suas redes sociais.

Com informações do Metrópoles

 

 

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