O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste domingo (5) que o governo federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), deve estudar a possibilidade de suspender a cobrança da taxa de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ele não disse, porém, quando isso deve ocorrer.

Em visita ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), Lula afirmou que é preciso criar mecanismos para despertar ainda mais o interesse dos jovens em ingressar na universidade.

“É por isso que eu digo sempre que investir em educação não é gasto, é investimento. Acho que a gente vai caminhar para que as pessoas não precisem sequer pagar taxa no Enem. A gente vai ter que fazer uma combinação para que torne mais atrativo para os jovens se inscreverem no Enem e entrarem numa universidade”

Lula lembrou que o número de inscritos no Enem, que foi de quase 9 milhões de estudantes em 2014, caiu para cerca de 3,5 milhões em 2021 e 2022, e que voltou a subir este ano, chegando a 3,9 milhões de candidatos. Para ele, isso seria a demonstração de um “apetite” dos jovens, e pessoas de todas as idades, voltarem a estudar e concluir um curso superior.

Hoje eu li a notícia de que um senhor de 60 anos está inscrito porque ele quer terminar engenharia. Quem sabe qualquer dia desses eu até me inscreva para fazer um curso de economia porque economia todo mundo é muito sabido. Eu sempre digo que economista é a pessoa mais sabida do mundo. Porque quando a gente está na oposição a gente sabe tudo, [mas] quando está no governo parece que a gente desaprende e as coisas não parecem com muita facilidade.”

O presidente ainda comemorou o fato de o percentual feminino de estudantes ser bem maior do que o masculino. “Eu tô muito feliz porque 63%, dos 3,9 milhões [de inscritos] são mulheres, uma boa notícia saber que as mulheres estão batendo recorde atrás de recorde na tentativa de se formarem e se transformarem em mulheres independentes e com profissão. Isso é muito bom para que a gente possa pensar nesse país mais democrático, mais igualitário, e sem preconceito de gênero.”

 

Fonte: O Tempo

 

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