Neide Aparecida da Costa, mãe de uma criança com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), denunciou, nesta terça-feira (23), a precariedade da educação inclusiva em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas. Com educadores assistenciais em falta, ela diz que a função tem sido desempenhada por estagiários.

Estão colocando estagiários para acompanhar as crianças. Isso é um absurdo. Do que adianta colocar as crianças para estudar e não dar o mínimo de estrutura? A educação inclusiva está precária. As famílias e as crianças pedem por ajuda. Precisamos que as autoridades nos ajudem com recursos para dar mais assistência a essas crianças”, afirmou ao usar a tribuna livre da Câmara de Divinópolis.

Educação inclusiva em Divinópolis

A denúncia se estende a toda rede pública. Faltam profissionais nas escolas municipais, assim como nas estaduais. O filho dela está matriculado na rede estadual. Lá, ela denuncia falta de preparo dos educadores.

Meu filho está sem aula, por que eu não vou mandar ele. A pessoa que trabalha dentro da escola falou que ele apanha pouco pelo comportamento dele. Que ele vai apanhar mais. Como que eu mando uma criança para a escola desta forma?”, indagou lamentando a situação.

Saúde

Acompanhada de outras mães que assistiam ao pronunciamento no plenário, ela destacou, em seguida, o alto custo associado a uma criança com necessidades especiais.

Incluindo médico, terapia, bem como equipamentos especializados pode ser significativo e colocar pressão financeira sobre as famílias”, enfatizou.

Conforme Neide, as famílias enfrentam dificuldades até mesmo para conseguir medicamentos.

Vou à farmácia em busca de medicamento e não tem. Sempre em falta, os medicamentos são caros”, denunciou.

Um dos medicamentos de uso contínuo do filho dela, por exemplo, tem custo médio de R$ 300. Para conseguir pela saúde pública, de acordo com Neide, ela acionou a justiça. Na saúde, este é apenas um dos problemas.

A fila de espera por atendimento especializado, neurologista, psicólogo, fonoaudiólogo, entre outros, é gigantesca. Ficamos aguardando por anos. Com isso, o quadro da doença só agrava. Ficando assim, cada dia mais difícil”, relatou.

 

Fonte: Portal Gerais

 

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