A Polícia Civil indiciou por tortura a mãe e a madrasta de um menino de 12 anos, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. Segundo as investigações, as duas mulheres agrediram e queimaram a mão da criança com uma colher quente após ela ter pego dinheiro escondido para comprar doces. As duas não foram presas.
O nome da mãe e da madrasta não foi divulgado pelas autoridades. Por esse motivo, o portal g1 não localizou a defesa das duas para se manifestar sobre o caso.
O inquérito foi concluído na quinta-feira (19) e encaminhado à Justiça. Segundo delegado do caso, Maurício Santana, as mulheres deverão responder pelo crime de tortura na modalidade de castigo, porque puniram a criança com grande violência, causando intenso sofrimento. A pena varia de 2 a 8 anos de prisão.
Na época em que o crime foi descoberto, a criança foi levada para o Centro Temporário de Acolhimento de Rio Verde. Mas, segundo o delegado, a última informação que teve foi de que o menino foi acolhido por tios que moram em outro estado e que ele passa bem.
O caso
As agressões foram descobertas pela polícia no dia 7 de outubro. Na época, o Conselho Tutelar de Rio Verde recebeu uma denúncia anônima e encaminhou uma conselheira para a casa onde o menino morava. Ao chegar no local, encontrou a criança com hematomas pelo corpo e bolhas nas mãos.
“Em conversa com a mãe, a conselheira disse que tinha recebido a denúncia e a mulher disse que realmente tinha batido no filho, pois ele tinha feito coisa errada e ela queria corrigi-lo”, disse o delegado na época.
A conselheira levou o menino para o hospital e conversou com ele. “Ele contou que pegou dinheiro escondido da mãe e quando ela chegou, pegou um pedaço de ripa da cama e bateu nele”, detalhou o delegado.
Neste momento, a mãe teria pego uma faca para ameaçar a criança, que saiu correndo. “A mãe foi atrás, pegou ele e voltou para casa. Ao chegar em casa, ela pediu para a madrasta segurar a mão dele, pegou uma colher quente e colocou na mão dele”, narra Santana.
Após ouvir a criança, o médico realizou o exame de corpo de delito e a conselheira o levou até a polícia para denunciar o crime.
Fonte: G1