Uma operação da Polícia Federal (PF) prendeu em Minas Gerais um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) que tinha em casa um verdadeiro arsenal de armas pesadas e um carro de luxo, um Jaguar avaliado em quase R$ 500 mil. A operação “Ludibrio” foi deflagrada em Uberaba, na região do Triângulo.
Ao todo, foram cumpridos na quinta-feira (14) três mandados de busca e apreensão que foram expedidos pela 2ª Vara Cível e Criminal da Subseção Judiciária da Justiça Federal de Uberlândia, na mesma região. Durante as buscas, foram apreendidas sete armas, sendo uma carabina calibre 22, um fuzil calibre 5.56, uma pistola calibre 22, uma pistola 9 mm, uma espingarda calibre 12, um revólver calibre .357 e uma carabina calibre 9mm.
Um Jaguar F-Pace, avaliado em cerca de R$ 470 mil, estava na casa do homem, que não teve a idade divulgada. O veículo estava registrado em nome de laranja que, segundo a polícia, não tem lucro compatível com a aquisição.
Ele poderá ser indiciado por falsidade ideológica e uso de documento falso, crimes com penas que variam de 2 a 8 anos de prisão.
Armas foram adquiridas legalmente
Todo o armamento apreendido com o homem foi comprado de forma legal, utilizando um Certificado de Registro como Caçador e Atirador Esportivo (CAC), que possibilitou a autorização para a aquisição de sete armas de fogo destinadas a caçadores, atiradores e colecionadores. Todas elas tinham registro no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (SIGMA).
Ainda conforme a PF, o integrante do PCC conseguiu obter o CAC, que é concedido pelo Exército Brasileiro, por meio de uma certidão negativa de antecedentes criminais obtida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e uma declaração de idoneidade falsa.
Entretanto, o preso responde como réu ou investigado em 16 processos ou inquéritos policiais, o que não permitiria que ele obtivesse o CAC. “Destes 16 processos, cinco são indiciamentos pela polícia civil, sendo um por fraude processual, um por homicídio qualificado, um por roubo, um por tráfico ilegal de drogas e um por porte ilegal de arma de fogo”, completa a PF.
Fonte: O Tempo
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