O senador Marcos do Val (Podemos-ES) foi abordado pela Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (4) ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Brasília, após uma viagem aos Estados Unidos feita sem autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, o parlamentar será submetido ao uso de tornozeleira eletrônica como medida de controle.
A decisão judicial ocorreu após Do Val descumprir uma determinação anterior que determinava a apreensão de seu passaporte. O documento havia sido retido devido a investigações sobre supostas publicações contra agentes da PF envolvidos na apuração de uma tentativa de golpe de Estado. No entanto, o senador deixou o país utilizando seu passaporte diplomático, que permanecia em seu poder.
Viagem não autorizada
A defesa do parlamentar havia solicitado autorização ao STF em julho, justificando uma viagem familiar a Orlando (EUA) com datas, reservas de hospedagem e ingressos para parques temáticos. O pedido foi negado por Moraes no dia 16, mas a intimação só chegou à defesa no dia 24, quando o senador já estava nos Estados Unidos.
Diante do descumprimento, o ministro determinou o bloqueio de contas bancárias e cartões de crédito de Do Val e de sua filha. Nesta segunda, o parlamentar foi levado ao Centro Integrado de Monitoração Eletrônica, em Brasília, para a instalação da tornozeleira, acompanhado de seu advogado, Iggor Dantas.
Defesa do senador
Em nota, Marcos do Val afirmou que não desrespeitou a Justiça e que seu passaporte diplomático, emitido pelo Ministério das Relações Exteriores, está regular até julho de 2027. Ele também destacou que seu visto norte-americano foi renovado recentemente, com validade até 2035.
O caso reforça as medidas restritivas impostas pelo STF em investigações envolvendo suspeitas de obstrução à Justiça e ataques a autoridades. A tornozeleira eletrônica passa a ser mais um instrumento de monitoramento sobre as atividades do parlamentar.
Com informações Estado de Minas