Três navios destróieres de mísseis guiados da classe “U.S. Aegis” devem chegar à costa da Venezuela nas próximas 36 horas como parte de uma operação militar dos Estados Unidos voltada ao combate aos cartéis de drogas na América Latina. A informação foi confirmada por duas fontes ligadas ao governo norte-americano nessa segunda-feira (18).

Os navios envolvidos são o USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson. Segundo um funcionário dos EUA, que falou sob condição de anonimato à agência Reuters, cerca de 4.000 marinheiros e fuzileiros navais estarão comprometidos com a operação no sul do Caribe. O plano inclui também o envio de aviões espiões P-8, navios de guerra e pelo menos um submarino de ataque.

As forças norte-americanas devem atuar em águas e espaço aéreo internacionais, com operações de inteligência, vigilância e, se necessário, ataques direcionados, segundo o mesmo oficial. A ação faz parte de uma estratégia da administração do ex-presidente Donald Trump, que intensificou o combate aos cartéis de drogas como parte de um esforço mais amplo para conter a migração e reforçar a segurança na fronteira sul dos EUA.

Em fevereiro, o governo Trump designou o Cartel de Sinaloa, do México, e o grupo criminoso venezuelano Tren de Aragua como organizações terroristas globais, ampliando a repressão contra membros de gangues envolvidos com o tráfico internacional.

O Ministério das Comunicações da Venezuela não respondeu aos pedidos de comentário sobre a movimentação militar. No entanto, o presidente Nicolás Maduro, sem mencionar diretamente os navios de guerra, afirmou em discurso que o país “defenderá nossos mares, nossos céus e nossas terras”, referindo-se à “estranha e bizarra ameaça de um império em declínio”.

A operação se soma a outras ações recentes dos EUA na região, que já haviam destacado navios de guerra para reforçar a segurança fronteiriça e intensificar a vigilância aérea sobre cartéis mexicanos, com o objetivo de mapear atividades criminosas e definir estratégias de combate.

Com informações da CNN Brasil/Steve Holland-Reuters

 

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