O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) solicitou reforço em sua segurança pessoal à Polícia Federal após receber ameaças de morte em suas redes sociais. As ameaças, segundo o parlamentar, intensificaram-se após o assassinato do ativista de direita Charlie Kirk, nos Estados Unidos, na última quarta-feira (10). Dois estudantes universitários foram apontados por Nikolas como autores das mensagens.

Um dos suspeitos é Adauto Gaigher, estudante de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Ele teria ameaçado Nikolas em pelo menos três ocasiões. A mais recente ocorreu justamente na quarta-feira (10), em resposta a uma publicação do deputado sobre a morte de Kirk. “Nikolas, eu vou te matar a tiros”, escreveu Gaigher. Em julho, em outra postagem, ele comentou: “Vou fazer o mesmo no seu velório”, referindo-se a uma publicação sobre a primeira-dama Janja da Silva. Já em 2023, escreveu: “Alguém mata esse cara na moral”, após um vídeo de Nikolas durante a ida do presidente Lula à Câmara.

Em publicação feita nesta quinta-feira (11), Nikolas compartilhou os comentários e afirmou que as ameaças vêm sendo feitas desde o ano passado. Após a repercussão e a ameaça de processo judicial, Gaigher pediu desculpas:
“Gostaria de me desculpar pelo comentário totalmente inadequado e infeliz que postei ontem. Nikolas Ferreira, minhas sinceras desculpas. Foi um comentário desmedido, em um momento de euforia.”

O deputado, no entanto, recusou o pedido:
“Você só está falando isso porque a postagem viralizou. Não aceito desculpa alguma e não recuarei um milímetro em mover todas as ações cabíveis contra a sua atitude”, declarou. Gaigher excluiu seu perfil na rede social X (antigo Twitter) após o ocorrido.

Outro caso citado por Nikolas envolve Pedro Oliveira, estudante de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Em resposta a uma postagem sobre a morte de Kirk, Oliveira comentou: “Que você seja o próximo”. Após a manifestação pública do deputado, o estudante foi desligado do projeto acadêmico Next Generation of Lawyers, ligado à USP. Em nota, a organização afirmou:
“O Next não tolera ou pactua com qualquer forma de violência.”

Nikolas responsabilizou o que chamou de “esquerda” pelas ameaças e afirmou ter acionado “todos os instrumentos jurídicos e de segurança” contra os estudantes.
“A esquerda forma assassinos, imorais e sem alma. Estudantes que querem matar ou concordam em matar seus opositores políticos. Se querem guerra, conseguiram”, afirmou o parlamentar.

O pedido de reforço à Polícia Federal foi feito durante visita ao Espírito Santo, onde reside Adauto Gaigher, e também será encaminhado à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, com o objetivo de tornar a escolta permanente.

Com informações do Metrópoles

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