O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta segunda-feira (29) que pedirá ao Supremo Tribunal Federal (STF) acesso à lista de parlamentares espionados ilegalmente pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

“Encaminharei ao Supremo Tribunal Federal ofício solicitando os possíveis nomes de parlamentares clandestinamente monitorados pela Abin, dada a gravidade que um fato dessa natureza representa”, detalhou Pacheco.

A posição do presidente Rodrigo Pacheco ocorre no dia em que a Polícia Federal (PF) realiza mais uma operação no âmbito do inquérito que investiga espionagem ilegal por servidores da Abin. Nesta segunda, o principal alvo é o vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na quinta-feira passada (25), a PF mirou o deputado federal Delegado Ramagem (PL-RJ), diretor-geral da Abin durante o Governo Bolsonaro.

Abin paralela: o que a Polícia Federal está investigando?

A Polícia Federal investiga servidores da Abin e aliados a eles por uso irregular da máquina pública para espionar ilegalmente adversários políticos, autoridades e advogados. A investigação, segundo relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), também detectou que a Abin foi usada para municiar os filhos de Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e Jair Renan Bolsonaro, com informações para refutar ações da Polícia Federal.

A espionagem ilegal acontecia pelo uso de um programa israelense, FirstMile, capaz de monitorar a localização de celulares e outros dispositivos móveis. Os servidores usavam o software para seguir o paradeiro de políticos e autoridades sem permissão da Justiça.

Na semana passada, a Polícia Federal realizou operação que teve como alvo o deputado federal Delegado Ramagem. Alexandre Ramagem dirigiu a Abin no período em que instalou o estratagema para espionagem ilegal, segundo indica o inquérito.

Fonte: Itatiaia

 

 

 

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