A Santa Helena, produtora da Paçoquita, foi condenada a indenizar em R$ 3 mil um cliente que diz ter encontrado fezes de rato nas paçocas.
O homem entrou em contato com a empresa assim que descobriu o material estranho no doce, e, inicialmente, ela ofereceu a ele mais uma caixa de paçoca.
A decisão em primeira instância da Justiça de São Paulo, assinada pela juíza Andrea Ferraz Musa, descreve que o homem comprou uma caixa de 65 paçocas e que, assim que mordeu uma delas, sentiu “algo estranho na boca”. Ele disse ter identificado o material como fezes de rato e se sentido enjoado. A natureza do material, contudo, não chegou a ser comprovada.
O homem entrou em contato com a Santa Helena e pediu que ela retirasse aquele lote de circulação. Quando a empresa apenas ofereceu uma nova caixa de paçocas a ele, o cliente decidiu processá-la e pediu R$ 10 mil de indenização.
Durante o processo, a empresa argumentou que se dedica à produção de alimentos há mais de 80 anos com controle e seleção de matéria-prima a fim e evitar contaminação. Ela também afirmou que não há provas de que o homem tenha encontrado fezes de rato na paçoca.
A decisão da juíza pontua, contudo, que a própria empresa não realizou testes para averiguar o que era o material e a condena a pagar R$ 3.000 por danos morais. “A ré teve ciência do ocorrido e poderia coletar e analisar o produto, mas não o fez”, diz a juíza.
O que diz a Santa Helena
Confira a nota da empresa enviada à reportagem de O Tempo:
“A Santa Helena Indústria de Alimentos, conhecida pela qualidade de seus produtos à base de amendoim, reafirma seu compromisso com altos padrões de excelência em seu processo produtivo. Recentemente, a empresa foi contatada por um consumidor e, prontamente, enviou novos produtos, mesmo sem solicitar comprovação de eventuais problemas.
Vale ressaltar que a Santa Helena não possui histórico de reclamações dessa natureza e acompanhou de perto o referido lote, que não apresentou queixas. A decisão em primeira instância se baseia apenas na ausência de recolhimento de lote, sem evidências concretas de alteração no produto. A empresa está em conformidade com o Código de Defesa do Consumidor e permanece à disposição para esclarecimentos, reforçando seu compromisso com a transparência e a satisfação de seus consumidores”.
Fonte: O Tempo