O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a condenação dos dez réus que integram o chamado núcleo 3 da trama golpista investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o grupo atuou em duas frentes: pressionar as Forças Armadas para apoiar um golpe de Estado e realizar ações de campo voltadas à desestabilização do regime democrático.

Atuação do grupo e o plano “Punhal Verde e Amarelo’’  

De acordo com o relatório da PGR, os réus foram divididos em dois subgrupos, cada um com papéis específicos dentro da suposta organização criminosa. O primeiro grupo teria colocado em prática o plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o monitoramento, a prisão e até o assassinato de autoridades centrais do governo e do Judiciário, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

A PGR afirmou que os acusados “usaram conhecimentos técnicos e posições estratégicas para realizar ações de campo com o objetivo de neutralizar autoridades centrais do regime democrático e promover a instabilidade social necessária à ruptura institucional”.

Pressão sobre as forças armadas

O segundo grupo, segundo o Ministério Público, também se valeu de conhecimento técnico e de cargos estratégicos para tentar pressionar a alta cúpula das Forças Armadas a assinar um decreto de intervenção militar. O objetivo seria manter o então presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder, mesmo após o resultado das eleições de 2022.

Paulo Gonet destacou que os réus do núcleo foram responsáveis por ações táticas essenciais à execução das etapas do plano golpista, operando em sintonia com outros núcleos investigados que também buscavam minar a estabilidade democrática e interferir nas instituições da República.

Com o pedido de condenação, a Procuradoria-Geral da República reforça a acusação de que os dez integrantes do núcleo 3 tiveram papel ativo na tentativa de ruptura da ordem democrática e no planejamento de ataques contra autoridades. O caso segue em análise pelo Supremo Tribunal Federal, que deverá julgar os pedidos apresentados pela PGR.

Com informações do G1

 

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