O atacante Rony pediu na Justiça a rescisão do contrato com o Atlético. A informação foi dada inicialmente pela Rádio 98 FM e confirmada pela Itatiaia.

A reportagem entrou em contato com o empresário do atleta, Hércules Júnior, que confirmou a informação, mas não entrou em detalhes pois o caso corre em segredo de Justiça. O representante do jogador fez diversas tratativas com o clube para resolver pendências financeiras, mas não obteve sucesso.

Por isso, o empresário do atacante resolveu recorrer à Justiça. O Atlético confirma dois dias de atraso no direito de imagem dos atletas e que não há salários em aberto. O clube deve divulgar uma nota sobre o caso em breve.

Rony se despediu de companheiros de vestiário e de funcionários do clube no horário do almoço, nesta terça-feira (22).

O que diz a lei

De acordo com a Lei Geral do Esporte (Lei nº 14.597/2023), o atleta profissional de futebol tem o direito de encerrar o contrato de trabalho por justa causa caso o clube empregador atrase o pagamento de salários, com valores referentes ao direito de imagem, FGTS e recolhimento previdenciário, por um período igual ou superior a dois meses.

Essa situação caracteriza a chamada rescisão indireta, que ocorre quando é o trabalhador — no caso, o jogador — quem toma a iniciativa de romper o contrato devido ao descumprimento das obrigações legais por parte do empregador.

Assim, se o clube deixar de pagar os vencimentos do atleta ou mesmo valores referentes ao direito de imagem por dois meses consecutivos ou mais, o jogador poderá encerrar o vínculo contratual sem arcar com qualquer multa rescisória.

Rony foi contratado pelo Atlético em fevereiro por 6 milhões de euros (cerca de R$ 35,9 milhões). O contrato do jogador com o atleta vigora até de dezembro de 2027.

O atacante acumula 10 gols em 29 partidas com a camisa alvinegra.

 

Fonte: Rômulo Giacomin , Henrique André-Itatiaia

 

COMPARTILHAR: