A Taquaril Mineração S.A (Tamisa) não vai recuar da decisão de se instalar na Serra do Curral, mesmo diante da repercussão negativa do assunto e da opinião pública. A mineradora prevê um período de um ano e meio a dois anos de instalação da infraestrutura, antes de começar a operação de extração de minério da serra. O início de instalação já é para este ano.
Quem faz essa declaração é o representante da mineradora, Leandro Quadros Amorim, em entrevista, durante a Audiência Pública que trata sobre o assunto, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). “A população está muito mal informada”, declarou. “Não há o que recuar. O projeto não vai destruir a Serra do Curral”, arrematou.
Amorim, que é o responsável pelo licenciamento ambiental do projeto de mineração, vê com tranquilidade a Audiência Pública e afirmou que é uma boa oportunidade para esclarecer à população as questões técnicas ligadas ao licenciamento.
Ele disse que a empresa não trabalha com a hipótese de a Tamisa perder na Justiça o direito de mineirar a Serra do Curral.
EMPRESA DO VIADUTO QUE CAIU EM 2014 É UMA DAS RESPONSÁVEIS NO PROJETO NA SERRA DO CURRAL
Os sócios majoritários da Taquaril Mineração S.A, de acordo com dados da Receita Federal, são os mesmos da Cowan. A construtora foi responsável pela construção do viaduto Batalha dos Guararapes, na avenida Pedro I, no bairro Planalto, que desabou matando duas pessoas e deixando outras 23 feridas.
Amorim explicou a relação entre as duas empresas. “Até 2018, a Cowan era controlaroda da Tamisa. E, agora, então, isso foi modificado e quem controla a Tamisa é um fundo de investimentos, que é o maior acionista, cujos donos desse fundo são da família Wanderley, que é a mesma família dona da Cowan. Mas não existe relação formal entre a empresa Cowan e a empresa Tamisa”, declarou.
Fonte: O Tempo