Com a oficialização da demissão de Juscelino Filho do Ministério das Comunicações nesta quarta‑feira (9), o governo Lula volta sua atenção para a escolha do sucessor, que poderá ser novamente indicado pelo União Brasil.

A saída do ex‑ministro foi motivada por denúncia da Procuradoria‑Geral da República por suposto desvio de emendas parlamentares por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), envolvendo recursos para pavimentação de ruas no Maranhão. O caso será analisado pelo Supremo Tribunal Federal.

O deputado federal Pedro Lucas (MA), líder da bancada do União Brasil na Câmara, é o favorito para assumir a pasta. Em seu segundo mandato, ele integrou a comitiva presidencial na recente viagem à Ásia e está alinhado ao Planalto. Embora seja o nome mais cotado, outras indicações não estão descartadas. Ainda assim, a expectativa é de que o ministério permaneça com o União Brasil, que já ocupa as pastas do Turismo, com Celso Sabino, e da Integração e do Desenvolvimento Regional, chefiada por Waldez Góes (PDT) a partir de indicação da legenda.

A decisão final deve ser anunciada após o retorno do presidente Lula de Honduras, onde participou da cúpula da Comunidade de Estados Latino‑Americanos e Caribenhos (Celac).

Juscelino Filho volta à Câmara
Após conversar com o presidente, Juscelino Filho pediu demissão para não desgastar o governo e retoma o mandato de deputado federal. Com seu retorno, Ivan Júnior (União‑MA) deixará a Câmara após dois meses como suplente.

Em carta aberta, Juscelino classificou as acusações da PGR como “infundadas” e afirmou confiar no STF, que julgará o caso. “Preciso me dedicar à minha defesa, com serenidade e firmeza, porque sei que a verdade prevalecerá. As acusações que me atingem são infundadas, e confio plenamente nas instituições do nosso país, especialmente no Supremo Tribunal Federal. A justiça virá!”, declarou ele.

 

Fonte: Pedro Nascimento-Itatiaia

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