Empatia, satisfação e alegria são alguns dos sentimentos que o trabalho voluntário pode despertar – tanto para quem recebe, quanto para quem faz. No caso de um morador de Santa Rita do Sapucaí (MG), a ação social tem um toque lúdico: vestido de super-herói, ele leva mensagem de esperança, principalmente às crianças.

“Um dos meu sonhos é que esse trabalho sirva de inspiração e outras pessoas possam fazer o mesmo”, afirma.

Além de ‘Batman’ nas horas vagas, o sul-mineiro de 44 anos é bacharel em direito e técnico contábil, porém, assim como Bruce Wayne, não revela sua verdadeira identidade.

Ele diz que assim prefere por se tratar se um trabalho social, tornando a ação genuína e misteriosa, o que, segundo ele, é ainda melhor.

“Eu gosto do anonimato porque ajuda no personagem o fato de ser misterioso. É mais por uma questão de princípios, porque você está fazendo um trabalho social e vai se vangloriar por isso? Não, né? Eu prefiro assim”.

 

Herói por acaso 

O voluntariado começou em 2019. O projeto inclui visitas a hospitais, APAE’s, creches, orfanatos, asilos e escolas da região.

A ação social de se fantasiar de Batman começou “por acaso”. Isso porque o sul-mineiro, na verdade, tinha comprado a fantasia para uma festa temática de formatura.

Depois disso, ele foi chamado para fazer uma palestra. Logo após, para uma visita a um hospital. Inspirado em outros ‘super-heróis’ voluntários do Brasil, passou a se sentir realizado e se encontrou nas ações sociais.

“Acho que de certa forma a gente consegue mudar a vibração do ambiente. Chegamos em um ambiente de dor e sofrimento e por algumas horas, essas pessoas esquecem que estão sofrendo, esquecem da dor, da saudade de casa. […] E entram nesse mundo mágico, assim, do super-herói, né? Então, me sinto feliz, realizado”, conta.

Aprimorando a fantasia com o tempo, ele decidiu assumir o alterego “Batman do Sul de Minas”; ideia que deu muito certo, já que em quase cinco anos de projeto, além de explorar a cidade em que vive, o ‘herói’ já passou por outros municípios como Pouso Alegre, Itajubá, Cachoeira de Minas, Piranguinho e Pedralva.

Nas escolas, a mensagem é contra as drogas, más companhias, bullying. De repente, uma única palavra que a gente fala pode tirar uma criança das drogas, pode impedir que ela entre no mundo do crime. […] Nos hospitais, a principal mensagem é a esperança, lutar, acreditar na melhora, na cura. A gente encoraja as pessoas a não desistirem dos tratamentos, a não desanimarem com aquela estadia no hospital”, comenta.

 

Fonte: G1 Sul de Minas

 

Foto: Arquivo pessoal

Foto: Arquivo pessoal

 

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