A nova tentativa do goleiro Bruno de retomar a carreira no futebol teve fim em menos de 48 horas. Após ter sido anunciado pelo Búzios, que disputa a quarta divisão do Campeonato Carioca, ele foi dispensado devido a grande rejeição dos moradores da cidade, contrários a contratação do jogador, condenado em 2013 a 22 anos de prisão pelo homicídio da então ex-namorada Eliza Samudio, ocorrido em 2010.
Posteriormente, a Justiça reduziu a pena do goleiro para 20 anos e nove meses. Já em 2019, Bruno teve direito a progredir para o regime semiaberto domiciliar e agora cumpre a pena em liberdade.
A chegada de Bruno ao time de Búzios, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, deixou exaltados os ânimos dos cerca de 40 mil habitantes da cidade, o que fez com que o clube cedesse à pressão de afastá-lo do elenco e rompesse o acordo.
O atleta não joga nem treina e está impedido de vestir a camisa do Búzios. Presidente da equipe, Renato Mattos já anunciou a decisão para conselheiros do clube. A reportagem da Folha entrou em contato, mas ele não respondeu às mensagens nem atendeu as ligações.
Mesmo com a notícia do afastamento de Bruno, os moradores de Búzios manterão a manifestação que estava prevista para ser realizada às 16h desta sexta-feira (7), em frente à sede do clube.
Representantes de movimentos como Movimento Olga Benário, Movimento de Mulheres da Região dos Lagos, Frente Feminista de Búzios e Mulheres Buzianas farão parte do protesto.
Em 2019, Bruno havia sido contratado pelo Poços de Caldas, do interior de Minas, mas o contrato durou apenas 23 dias. Em julho deste ano, o goleiro foi anunciado pelo Atlético Carioca, que disputa a terceira divisão do Carioca, mas ficou menos de um mês no clube.
Fonte: O Tempo