O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta sexta-feira (22) que tem tratado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a possibilidade de construir uma nova grande usina hidrelétrica no país, nos moldes da Itaipu Binacional.

Durante evento de apresentação dos resultados do leilão para contratação de energia de pequenas hidrelétricas, Silveira mencionou o acordo firmado com a Bolívia para elevar a geração de energia no Rio Madeira e disse que a parceria pode abrir caminho para um projeto binacional.

Em especial, para a retomada de grandes hidrelétricas, ampliamos a cooperação com a Bolívia para aproveitar o potencial do Rio Madeira. Falei com o presidente Lula sobre a importância de enfrentar esse debate e a ideia é avançar. Quem sabe uma nova binacional a caminho, repetindo o sucesso da Itaipu”, declarou o ministro.

Silveira também citou a intenção do governo de retomar projetos no complexo hidrelétrico do Tapajós, na Amazônia, cuja construção está paralisada devido a entraves de licenciamento ambiental.

Além de comentar sobre as grandes usinas, o ministro destacou a relevância das pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) para o sistema elétrico nacional. Segundo ele, essas unidades provocam menor impacto ambiental, podem funcionar como “baterias” para o sistema e complementam fontes intermitentes como solar e eólica. “As PCHs são distribuídas pelo território nacional, o que reduz a necessidade de investimentos em grandes corredores de transmissão”, explicou.

O leilão realizado nesta sexta-feira viabilizou investimentos de R$ 5,5 bilhões para a construção de 65 pequenas hidrelétricas em 13 estados, com início de fornecimento previsto para 1º de janeiro de 2030. O certame contratou 815,6 megawatts em potência e 384,5 megawatts médios em eletricidade, movimentando R$ 26,6 bilhões para atender ao mercado regulado, que abastece consumidores residenciais e pequenas e médias empresas.

Silveira concluiu ressaltando que o Brasil precisa equilibrar projetos de grande porte com iniciativas descentralizadas para garantir estabilidade e segurança energética.

Com informações da Folha Pernambuco

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