O governo federal está avaliando a possibilidade de tornar o transporte público gratuito em todo o Brasil, abrangendo ônibus, trens e metrôs. A medida, em estudo pela equipe econômica, teria um custo anual de aproximadamente R$ 90 bilhões, segundo estimativa do presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Vander Costa. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que a pasta está analisando a viabilidade do projeto, atendendo a um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em entrevista à CNN, Vander Costa explicou que, embora a gratuidade no transporte público seja um objetivo válido, a implementação de uma medida tão ampla exigiria um alto investimento por parte do governo. “O dinheiro público no transporte coletivo é indispensável, mas entendemos ser mais conveniente uma implantação gradual“, afirmou Costa. Ele ainda destacou que, devido aos custos elevados, a implementação total da gratuidade poderia ser um desafio do ponto de vista fiscal.
A proposta está sendo cuidadosamente analisada pelo Ministério da Fazenda, que busca entender melhor os custos do setor e as possibilidades de financiamento para reduzir ou até eliminar as tarifas. O estudo inclui a avaliação do custo total do transporte público, os subsídios públicos já existentes, a contribuição das empresas por meio do vale-transporte, os valores pagos diretamente pelos trabalhadores, além de identificar eventuais gargalos e explorar oportunidades tecnológicas para viabilizar a medida.
Fernando Haddad afirmou que, antes de qualquer decisão, é necessário reunir dados completos sobre o financiamento do sistema e considerar alternativas que possam tornar o transporte público mais acessível e sustentável sem comprometer as contas públicas.
Enquanto o governo trabalha na análise das diferentes possibilidades, a proposta de gratuidade continua sendo um tema de debate entre os gestores públicos, economistas e especialistas no setor.
Com informações da CNN Brasil