Um perfil nas redes sociais com mais de 1,6 mil seguidores. Essa era a ferramenta usada por um jovem, de 24 anos, para vender cogumelos alucinógenos que cultivava em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Depois de cerca de um mês de investigação, o rapaz e a companheira dele, de 26 anos, foram presos pela Polícia Civil nessa terça-feira (24).

“Foi constatado o uso de rede social para promoção da venda desses cogumelos. A primeira postagem foi identificada em novembro de 2020”, disse o delegado Thiago Machado.

Na casa dos suspeitos, a polícia encontrou um laboratório para cultivo dos cogumelos, equipado com geladeira, estufa, lâmpadas especificas, placas de Petri, câmara secadora, entre outros materiais.

“Não há como confundir com cogumelos comestíveis. Esses cogumelos são substâncias alucinógenas, devido à presença de uma substância chamada de psilocibina, que é, assim como a cocaína, de uso proscrito. Conforme portaria da Anvisa, se trata de substância não permitida para comércio e uso e, portanto, ensejando na ocorrência de crime de tráfico de droga”, disse o delegado Thiago Machado.

Os investigadores ainda apreenderam no imóvel, localizado no bairro Petrolândia, maconha, haxixe e cocaína, além drogas sintéticas, como LSD e MDMA.

No momento da prisão, a mulher negou atuar no comércio de drogas. Já o homem admitiu aos investigadores que vinha estudando sobre cogumelos havia cerca de cinco anos. De acordo com a polícia, ele disse que, inicialmente, passou a cultivá-los para consumo próprio e, depois, começou a vendê-los por causa de questões financeiras.

A venda acontecia há cerca de dois anos, pelo menos, de acordo com as postagens no perfil na internet.

“Nessa rede social, ele postava fotos do cultivo do fungo, desde o início, da criação, até fotos do final, quando os cogumelos estavam prontos. Trinta e dois tipos de cogumelos foram identificados na residência dele”, falou o delegado.

As investigações da Polícia Civil seguem para identificar fornecedores das drogas e possíveis compradores.

Fonte: G1

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