O Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte, especializado no atendimento de doenças infectocontagiosas já notificou 183 casos de sífilis, infecção sexualmente transmissível. Os dados são parciais e foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG) neste mês de março.

Para Tatiani Fereguetti, gerente assistencial do hospital, o aumento de casos está ligado à relação sexual desprotegida.

“Tivemos um aumento exponencial no número de casos e nas taxas de reinfecção na última década, o que, provavelmente, aponta para a baixíssima adesão ao uso de preservativos, especialmente em práticas sexuais orais. É importante lembrar que a sífilis, nas fases iniciais, é muito contagiosa e pode ser facilmente transmitida pelo contato sexual ou até mesmo por beijo na boca”, afirmou.

Os números divulgados pela SES-MG evidenciam uma tendência de alta nos casos da infecção, nos últimos três anos. Veja a tabela:

Casos de sífilis registrados em MG

Ano Número de casos
2019 15.704
2020 12.775
2021 15.581
Jan/2022 381

Fonte: SES-MG

Ainda de acordo com a secretaria, Minas recebeu 382 notificações de sífilis só no mês de janeiro deste ano.

Diagnóstico

O paciente deve buscar atendimento nos centros de saúde. As unidades são equipadas com o teste rápido, com resultado instantâneo. O exame também detecta a hepatite C, B e o HIV. O tratamento é feito com antibióticos.

Sintomas

A sífilis pode ser dividida em três fases. Os sintomas são variados e podem desaparecer independentemente do tratamento.

Sífilis primária: as primeiras manifestações podem ocorrer, em média, três semanas após o contato sexual, com uma úlcera ou erosão no local de entrada da bactéria.

Sífilis secundária: os sinais surgem, em média, entre seis semanas e seis meses após a infecção e duram de quatro a 12 semanas. De acordo com a SES-MG, podem ocorrer erupções na pele, acometendo o corpo, podendo atingir os pés e as mãos. E, também, febre, mal-estar, dor de cabeça, desânimo e aumento de ínguas.

Sífilis terciária: pode apresentar seus primeiros sintomas de 2 até 40 anos depois do contágio. A manifestação ocorre por meio de inflamação e destruição dos tecidos, podendo acometer a pele, os ossos, o cérebro e o coração. É o caso também da neurosífilis, que compromete o sistema nervoso central, podendo ser observado já nas fases iniciais da infecção.

Outras transmissões

A sífilis também pode ser transmitida de mãe para filho, quando a mulher grávida não faz o tratamento. Geralmente ocorre pela corrente sanguínea até alcançar a placenta e o feto; ou, durante o parto, quando o bebê tem contato direto com as lesões genitais.

Fonte: G1

 

Fonte: G1

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