O Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Minas Gerais (Sindtanque-MG) agendou uma nova assembleia para segunda-feira (30), às 10h, para discutir a nova alta de 8,87% no preço do óleo diesel nas refinarias anunciada pela Petrobras no início do mês. A categoria, mais uma vez, ameaça uma paralisação do setor.

“As medidas adotadas até agora pelos governos federal e estadual e pelo Congresso Nacional não resolvem o problema, apenas tapam o sol com a peneira. A solução da questão passa pela extinção da Paridade de Preço de Importação (PPI), adotada pela Petrobras, em 2016, no governo de Michel Temer”, afirma Irani Gomes, presidente da entidade.

“É preciso voltar ao que era antes de 2016, pois o mercado brasileiro não tem capacidade de suportar a precificação baseada na cotação internacional”, completa Irani.

A categoria se reuniu com o Governo de Minas no dia 17 para pedir a redução do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) do diesel de 14% para 12%. Mas, o sindicato alega que não houve qualquer sinalização por parte do Executivo.

“Nenhuma proposta foi apresentada ao setor”, informa o Sinditanque em comunicado disparado à imprensa. Publicamente, o governador Romeu Zema (Novo) já afirmou que a alta dos combustíveis não tem ligação com o ICMS, mas com a Petrobras.

No cenário atual, o óleo diesel consome cerca de 70% do preço do frete dos tanqueiros, conforme o sindicato. O presidente Irani Gomes pede ao governo federal que decrete “calamidade econômica no setor de combustíveis”.

No último dia 13, o sindicato dos tanqueiros em Minas Gerais se reuniu com entidades de outros estados. Na ocasião, os líderes decidiram dar um prazo de 30 dias para que o poder público apresentasse medidas contra a alta dos combustíveis.

Certo é que uma assembleia sobre o tema vai ocorrer menos de 20 dias depois da posição de 13 de maio.

Fonte: O Tempo

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